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Enfermagem apresenta recursos para busca bibliográfica na Internet

Na última sexta-feira (13/3), a Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) realizou, no auditório da Biblioteca Central do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ) um seminário exclusivo para seus alunos. Ministrado por Juliano dos Santos, Enfermeiro Residente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o seminário teve como assunto central a busca de bibliografia na internet para trabalhos acadêmicos.

Segundo Juliano, uma busca bem feita pode ajudar a medir a importância do estudo realizado e a encontrar questões importantes que ainda não foram resolvidas. “Se você fez uma busca adequada em um número de bases amplo ou numa base muito importante, que é o MedLine, e zerou [o número de resultados], ótimo. O seu estudo é inédito, e ele é necessário. Você busca coisas em oncologia e muitas vezes não encontra a resposta. Isso significa que tem muita coisa a ser respondida, principalmente na nossa área”, afirmou.

Para Juliano, a utilização correta dos mecanismos de busca é importante, também, para dar credibilidade ao trabalho. “No nosso google tem uma gama de coisa, só que não se sabe de onde foi que aquilo saiu. Quem foi que fez? Você não tem segurança pra falar: isso aqui partiu de alguém conhecido, de um autor, de uma referência. Então, ela [a busca de bibliografia na internet] vem nesse sentido pra fechar algum assunto, e pra se ter segurança”, informou.

Após essa introdução, o palestrante apresentou três tipos de recursos de busca: os catálogos, os índices e os bancos de dados. Entre os catálogos foi destacado o WebMD, “que é apenas para profissionais da área da saúde”, pontuou.

Sobre os índices, Juliano disse que “eles oferecem um serviço de informação e de busca mais abrangente do que os catálogos”, tendo mais recursos para filtrar os resultados da pesquisa do que os catálogos. Um índice citado no seminário foi o Google Acadêmico, onde é possível encontrar trabalhos acadêmicos para leitura. “Como ele faz uma busca muito ampla, de bibliotecas do mundo inteiro, dá para recuperar muitos artigos”, informou Juliano.

Após essa apresentação, as bases de dados começaram a ser discutidas. Segundo Juliano, elas são as meninas dos olhos da pesquisa acadêmica, já que permitem “a busca por campos, que não são disponíveis em catálogos ou índices. Se eu quiser achar o autor, eles não me dão esse recurso, a base de dados dá”, informou Juliano. Uma das bases citadas por Juliano foi o MedLine, “é a maior base de dados de medicina do mundo, e ela faz justamente referência a tratados publicados em revistas.”

Durante o seminário Juliano ainda explorou a importância da boa formulação da pergunta, que define os participantes da pesquisa, as intervenções a serem avaliadas e os resultados a serem mesurados.