Categorias
Memória

Michael Hardt fala na COPPE

Michael Hardt, teórico literário e professor da Duke University, nos Estados Unidos, conduziu uma palestra no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa (COPPE/UFRJ), na terça-feira (16/12), sobre revolução, democracia e transição. No Brasil a convite da direção do Instituto, ele participou do evento que foi o último de uma série comemorativa dos 45 anos da COPPE.

A palestra foi dividida em dois blocos que falavam respectivamente sobre o significado do conceito de revolução e sobre a política da “multitude”, definida pelo professor como um agrupamento de pessoas que têm diferentes opiniões, mas, diferente da multidão, consegue organizar-se.

Para Hardt, a revolução hoje em dia é impossível, indesejável ou ambas. Por considerar fundamental para a discussão, o professor trabalhou com as idéias de Lênin – famoso político revolucionário russo – que, segundo Hardt, acreditava que a revolução tanto podia ser a base para criar uma nova democracia quanto o instrumento de transformação da natureza humana que possibilitaria a transição para uma nova forma de fazer política.

O segundo bloco da palestra foi dominado por temas mais contemporâneos, como a metrópole. Hardt disse que a metrópole, além de ser considerada o centro do que é comum, pode também ser o “centro gravitacional” da produtividade econômica.

Michael Hardt é autor dos livros Multitude: guerra e democracia na Era do Império e Império, este último escrito em parceria com Antonio Negri, intelectual italiano.