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Universidade e cultura em debate

Nessa quinta-feira (5), a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura (FCC/UFRJ), Beatriz Resende, esteve presente no BNDES, para representar o reitor Aloísio Teixeira no Fórum Nacional Sob o Domínio da Insegurança (Crise Global): grande oportunidade em petróleo e desenvolvimento cultural. Parte do colóquio se dedicou a debater as múltiplas formas pelas quais a universidade pode contribuir para o desenvolvimento cultural do país. A idéia que norteou as discussões é a de que o aspecto cultural do desenvolvimento é tão importante quanto as facetas econômica e social.

Em sua fala, Beatriz Resende relembrou que o historiador cultural galês, Raymond Williams, julgava ser a cultura uma das palavras mais difíceis de definir, mas que era claro que a mesma se refere a um processo e não a algo acabado em si mesmo.  Para Resende, a universidade é o espaço, por excelência, para universalização do conhecimento e para a superação de barreiras. “Mas não é isso que tem ocorrido. Ela (a universidade) tem se tornado um espaço de feudos e vozes fragmentadas”, critica.

De acordo com a coordenadora, os acadêmicos devem buscar a inovação e evitar a segurança do cânone, fazer o que é necessário, pois, citando Guimarães Rosa, “o sapo não pula por boniteza”.  Resende ressalta que é a universidade é um dos poucos lugares, nos quais o erro é admitido como parte do processo de experimentação e inovação. “A maior contribuição da universidade para a cultura é buscar atender seus pressupostos e servir à sociedade e não a si mesma”.