Até o próximo dia 16, o público pode conferir a exposição “Anatomia das paixões: a criação do som”, na Casa da Ciência da UFRJ. A mostra-instalação agrega ciência e arte numa abordagem sobre o complexo sistema sensório da audição como canal dos sentimentos humanos, em especial a paixão.
A mostra traz peças de reconstituição do aparelho auditivo em esculturas artísticas, com música e vídeos em um ambiente com iluminação intimista. “A motivação para construção desse acervo contextualizado era facilitar e atrair pessoas para a compreensão do sistema auditivo com todos os seus canais abertos, como crianças que têm imaginação lúdica, reunindo e sintetizando diferentes linguagens”, afirmou Maira Monteiro Fróes, do Laboratório de Neuroanatomia Celular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/UFRJ), idealizadora e organizadora do evento. As obras foram construídas pelos artistas plásticos Nivaldo Carneiro, Fernando de La Rocque, Alan Verissimo Azambuja e Rodrigo Buarque. A inauguração da exposição aconteceu no último dia 29, depois de oito meses de produção.
Em entrevista, Maira afirmou que a escolha do nome “Anatomia das paixões” foi inspirada na disciplina de nome semelhante. “A Escola de Belas Artes do século XIX implementou a disciplina Anatomia e Fisiologia das Paixões. Ela tinha como objetivo contextualizar as obras de arte, sobretudo pinturas, dentro de uma linguagem que atingisse a emoção, o arrebatamento humano. Os estudantes eram obrigados a passar por uma disciplina que os orientasse a representar a forma humana como uma forma cheia de alma, cheia de expressão, cheia de paixão”.
A Casa da Ciência da UFRJ fica na rua Lauro Müller, nº 3, Botafogo.