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Prevenção começa na escola

 A premiação dos desenhos produzidos por alunos da Escola Municipal Tenente Antônio João, situada no campus da UFRJ, na ilha da Cidade Universitária, foi entregue na última segunda, dia 8, no hall do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. A mostra, que está em exposição na entrada do hospital desde o dia 25 de agosto, reúne trabalhos de crianças da 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental e aborda o tema “Esporte e Cigarro”.

Extremamente orgulhosas de suas composições, as crianças se emocionaram por carregar no peito uma medalha como se fossem “verdadeiros campeões olímpicos”. E foi exatamente para unir o clima das Olimpíadas de Pequim à programação da semana do Dia Nacional de Combate ao fumo, de 25 a 29 de agosto, que a mostra procurou valorizar a saudável prática de esportes, denunciando os males causados pelo cigarro.
Além da mostra, há um projeto de extensão mantido pelo NETT (Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo). Desde 2007, a cada 15 dias, alunos de 7 a 14 anos recebem em suas escolas a visita de profissionais que estimulam, de maneira lúdica, a prevenção contra as drogas lícitas.

– As drogas lícitas são as que mais matam. Afetam um número maior de pessoas, exatamente por serem permitidas, de fácil acesso e naturalizadas pela família. O nosso trabalho é focado na faixa etária de 9 a 14 anos, faixa de maior experimentação. Nós atuamos com a promoção da saúde, trabalhando a auto-estima deles para aumentar sua capacidade de dizer não às drogas – esclarece Márcia Trotta, fonoaudióloga do Hospital Universitário da UFRJ.

Se depender da auto-estima elevada das crianças, os profissionais do NETT já podem comemorar os resultados. A alegria dos alunos demonstra a certeza de que a mensagem do projeto está sendo transmitida conforme o desejado.

– Eles começam a aprender desde cedo os males e riscos de cada uma das drogas lícitas, tornando-se sementinhas na família, podendo inclusive convencer os familiares aos pouquinhos a largarem os vícios, por mais difícil que seja essa missão – afirma Suzana Kelly, professora da Escola Municipal Tenente Antônio João.

Se a tarefa ainda é árdua, pedidos para que parentes e amigos larguem o vício não faltam. Foi o que demonstrou a aluna da 3ª série Larissa Lira. A menina deixou um recado ao seu avô: “Eu desejo que ele pare de fumar o mais rápido possível. Ele não sabe o que está perdendo da vida”. E completou, otimista: “Com o nosso trabalho, a gente vai salvar o mundo”.