Na última sexta-feira (26/9), o Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e ex-professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Messias, proferiu uma palestra no auditório do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG/UFRJ).
O evento teve início com algumas considerações do professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ), sobre o Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, anunciado ano passado pelo presidente Lula.
Em seguida, Messias discursou brevemente sobre a parceria firmada entre a COPPE e o IBAMA, cujo objetivo, segundo ele, é levar as pesquisas desenvolvidas no Instituto, bem como a inovação que lhe é característica, para esse órgão público. O desafio que ambas instituições têm pela frente é preencher o vasto campo de conhecimento da Amazônia, ainda uma grande lacuna.
O tema da palestra de Messias foi “Panorama do Licenciamento Ambiental no Brasil”. O ex-docente refutou as críticas ao processo de concessão de licenças no país, que se diz ser burocrático demais. O presidente, contudo, afirmou que as três etapas do licenciamento são fundamentais para se evitar decisões apressadas que poderiam colocar em risco a própria preservação da natureza. Ele frisou a responsabilidade que recai sobre os profissionais que concedem licenciamento devido às riquezas ambientais que estão em jogo e, por isso, a burocracia, neste caso, é necessária.
Messias também falou sobre o desmatamento na Amazônia. O representante do IBAMA considerou complicada a questão da regulamentação de madeireiras e fábricas clandestinas, pois ela acarretaria o desemprego de muitos trabalhadores. O problema, portanto, é amplo e exige mais do que apenas repressão às atividades ilegais na Reserva Amazônica.