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Escola de Química homenageia ex-alunos

 A comemoração pelos 75 anos da Escola de Química (EQ/UFRJ) teve início na manhã dessa segunda-feira (25/8) e reuniu professores, alunos e ex-alunos que foram homenageados com o prêmio “Destaque da Escola de Química”. O professor Luiz Antônio D’Ávila, diretor da unidade, apresentou as revitalizações e inaugurações pelas quais a Escola passou.

De acordo com D’Ávila, estão previstas para esse ano, 2008, duas revitalizações: a da sala E-126 (Bloco E do Centro de Tecnologia), com contribuição financeira de ex-alunos e da sala E-124, com recursos do Programa de Recursos Humanos da Agência Nacional de Petróleo (PRH-ANP). Além destas, a Escola pretende inaugurar até o final do ano o Complexo de biocombustíveis. “Ele é de extrema importância não só para a Escola de Química mas para toda a Universidade, pois vai nos permitir a possibilidade de evoluir ainda mais nessa área”, informou o diretor.

O Conselho Consultivo da EQ, criado por iniciativa das professoras Belkis Valdman e Adelaide Antunes, é formado por professores e ex-alunos com o objetivo de dar apoio à diretoria da Escola. Através dele, foram estudadas as possíveis razões do abandono discente pelo qual a EQ vinha passando. Isaac Plachta, presidente do Conselho, esteve presente para falar sobre as transformações que ocorreram. “Fizemos um levantamento com a Firjan e percebemos que um dos motivos da evasão dos cursos era a ausência de uma infra-estrutura adequada de salas de aula. A partir de então, surgiu a idéia de que fosse feita uma revitalização das mesmas, com ajuda de empresas externas. Hoje, esse número reduziu significativamente e queremos que seja feita também a revitalização dos laboratórios”, declarou.

Entre os homenageados durante a abertura estavam o ex-aluno de engenharia química Vitor Mallmann (atual presidente da QUATTOR, empresa petroquímica), Andrea Medeiros Salgado, docente destaque da graduação, Priscilla Amaral, destaque Discente de Doutorado, Cristiane Martins, destaque discente de mestrado e outros alunos da graduação que obtiveram coeficiente de rendimento igual ou superior a oito e que já haviam sido premiados durante a cerimônia de Dignidade Acadêmica ocorrida no dia 12 de agosto.

Os professores Vicente Gentil e Norma Mandarino, falecidos este ano, também foram homenageados pela Escola, que mostrou a importância e atuação desses profissionais durante todo o tempo em que fizeram parte do corpo docente da unidade.

Ao final do evento, foram lançados os livros “Tecnologia Enzimática”, das professoras Maria Alice Coelho, Andrea Salgados e do doutorando Bernardo Ribeiro; “Patenteamento e Prospecção Tecnológica no setor Farmacêutico” e “Oportunidades em Medicamentos Genéricos: A Indústria Farmacêutica Brasileira”, organizados pela professora Adelaide Antunes e o doutorando Jorge Magalhães (Fiocruz); “Dinâmica, Controle e Instrumentação de Processos”, de autoria da professora Belkis Valdman, Rossana Folly e Andréa Salgado.

As comemorações se estendem até o final da semana, dia 29 de agosto, com minicursos; apresentação da peça “Da Chymica à Química: a estória continua”, dia 26, às 15h; torneios esportivos, e a palestra “Oportunidades para os formandos da Escola de Química”, proferida por Maria Aparecida Toledo e José Maria de Araújo (ambos da Associação de ex/alunos da EQ), José Guilherme Figueiredo (GCTBIO) e Amaury Rosenthal (Embrapa).

75 anos de história e dedicação

A Escola de Química surgiu a partir da necessidade, anterior ao término da primeira guerra mundial, de se criar um ensino especializado de química no país. Em 1911, foram criados os primeiros cursos, entre eles, o de Química Industrial Agrícola. Inicialmente, fazia parte de um anexo à Escola Superior de Agricultura na Alameda São Boaventura, em Niterói, e que mais tarde, em 1933, deu origem à EQ, subordinada à Diretoria Geral de Produção Mineral do Ministério da Agricultura.

Desde a sua fundação, a Escola de Química ampliou a oferta de cursos baseada nas necessidades tecnológicas do país e conseqüente demanda da sociedade. Assim, em 1952 foi criado o curso de engenharia química, que passou a conviver com o de Química Industrial. Este último foi desativado em 1973 e só voltou a ser oferecido em 1996. Recentemente, foi criado o curso de Bioprocessos e Alimentos.

As atividades de pós-graduação foram iniciadas em 1965, com a criação do Mestrado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos e desde 1993, a Escola de Química ampliou o curso, que passou a ser destinado ao mestrado e doutorado. Este ano, foi criado o mestrado de engenharia Biocombustíveis e Petroquímica, aprovado este mês, agosto, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).