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Construindo memória

O dia 26 de junho é conhecido, desde 1997, como o Dia Internacional da Luta Contra a Tortura. Para marcar a data, foi realizado no dia 30 de junho, às 18h, no Auditório Prof. Manoel Maurício de Albuquerque, no CFCH, uma mesa de discussão sobre o tema.

Compondo a mesa estavam Suely Almeida, Jassi Jane – diretora do IFCS -, Eduardo Losicer, Tânia Kolker, Paulo Henrique Telles Fagundes, Rafael Dias. “Temos um amadurecimento institucional que nos permite refletir sobre o passado e sobre o presente particularmente. A tortura é essa coisa que está em todos os lugares, em todos os momentos. Faz parte da história política brasileira e latino americana”, reflete Jassie Jane.

Para Vera Vital Brasil, da equipe Clínico Jurídica do Grupo Tortura Nunca Mais, são muitos os danos que a tortura causa. “Essa data foi criada pra chamar atenção da gravidade desse flagelo planetário que nós vemos há muitos anos e que tem se intensificado”, analisa.

Também militante do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Ana Bursztyn/Miranda explica que a reparação em dinheiro paga hoje aos ex-presos políticos é um ato simbólico e deve ser encarado como o início de uma reparação verdadeira. “A gente não consegue imaginar que o pagamento, aqui no Estado do Rio de Janeiro, de 20 mil reais seja reparação a quem foi preso e torturado naqueles anos”, explica.

Ao fim do debate, foi aberta a exposição com objetos e cartas de vários ex-presos políticos. Houve também o lançamento do livro “Atenção Integral a vítimas de tortura em processo de litígio – aportes psicossociais”, produzido pelo Instituto Interamericano de Direitos Humanos (IIDH), em parceria com o GTNM-RJ e a Justiça Global.