O IV Ciclo de Cinema, Cultura e Identidade, organizado pela Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, realizou seu segundo dia de atividades, neste dia 9 de junho. Com o objetivo de trazer à universidade a reflexão a respeito de vários aspectos da cultura popular, o evento não poderia deixar de lado a discussão sobre um elemento presente na humanidade desde seus primórdios: a fé.
Para debater o assunto, após assistir ao documentário “Fé”, de Ricardo Dias, foram convidados o integrante do movimento católico “Comunhão e Libertação”, Ivanaldo Araújo, o pai de santo e artista plástico, Hugo Ferreira, e o produtor musical de canções religiosas, Paulo Lima. Além deles, Frank Wilson, coordenador do Ciclo, esteve presente à mesa.
Referindo-se às manifestações de fé mostradas no filme, em diferentes regiões e tipos de crença no Brasil, Ivanaldo afirmou que todas as pessoas já nascem com a pré-disposição a ter fé que, de acordo com ele, é a capacidade de acreditar em algo. “Mesmo que uma criança seja criada apenas pelos pais, longe do convívio social e da religião, um dia ela levantará as mãos para o céu e desconfiará que existe algo além do que pode ver”, frisou.
Avaliando o documentário sob outra perspectiva, o artista Hugo Ferreira chamou a atenção dos participantes para a importância da palavra e de suas influências. Lembrando a frase dita por uma pastora entrevistada no filme – em que ela comparava as pessoas da religião espírita com assassinos e maconheiros –, Hugo acentuou: “A palavra humana tem sido muito mal utilizada. A nossa fala deve ser simples e verdadeira, pois possui o poder de desconstruir o que foi construído”.
O IV Ciclo de Cinema, Cultura e Identidade dá seqüência aos encontros na próxima segunda-feira, dia 16, com a obra “Jongos, Calangos e Folias”. Finalizando a programação, o filme “Macunaíma” foi o escolhido para o dia 23. As exibições acontecem sempre às 18 horas, no Palácio Universitário da UFRJ. A entrada é franca.
Para mais informações, acesse o site do Fórum.