Partindo de uma iniciativa do governo federal, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, e das entidades estudantis UNE (União Nacional dos Estudantes) e UBES (União Brasileiro dos Estudantes Secundaristas), no dia 28 março, foi inaugurada a escultura em homenagem ao estudante Edson Luiz, morto pela ditadura militar há exatos 40 anos.
A homenagem foi feita na praça Ana Amélia, no Centro do Rio, em frente ao prédio onde funciona a Casa do Estudante do Brasil. Estiveram presentes a mãe do estudante, dona Maria, Paulo Tarso Vannuchi, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos e líderes do movimento estudantil, entre outros políticos.
“O jovem Edson Luiz encarna, melhor do que ninguém, a estupidez da violência do regime ditatorial. Esse é o inicio de uma série de inaugurações que faremos durante o ano todo. Essa era uma luta pela reconstrução da democracia”, declara o ministro Paulo Tarso.
O auditório estava repleto de estudantes e militantes que presenciaram os anos de chumbo daquela década. A emoção tomou conta quando a mãe do estudante, já com 84 anos e com a voz embargada, se levantou para agradecer a todos os presentes. “Esse deve ser o inicio de compromisso do governo federal com essas questões”, aponta Jessie Jane, diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ).
Para Lúcia Stumpf, presidente da UNE, esse é um momento de luta. “A gente conseguiu rememorar os 40 anos do assassinato do estudante e, olhando para o futuro, reunir a juventude de hoje, relembrando esse passado, dizendo que Edson Luiz está entre nós porque ele é um representante desse espírito de luta”, explica líder da União Nacional dos Estudantes.
Leia aqui a matéria do Jornal da UFRJ sobre os 40 anos da morte de Edson Luiz.