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Apoio a Nelson Maculan

O Conselho de Ensino de Graduação (CEG) da UFRJ manifestou seu apoio ao professor Nelson Maculan Filho, em sua última reunião (20/02), exonerado da Secretaria de Educação.

Foto: Marco Fernandes 
CEG/UFRJ manifesta apoio a
Maculan, recém-exonerado da
Secretaria Estadual de Educação

O Conselho de Ensino de Graduação (CEG) da UFRJ manifestou, em votação unânime, apoio ao professor Nelson Maculan Filho, em sua última reunião (20/02). A moção do colegiado deve-se à exoneração do ex-reitor da UFRJ (1989/1994), no início desta semana (18/02), do comando da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEE/RJ). No documento, os membros do CEG destacaram o trabalho de Maculan  realizado à frente da Secretaria de Ensino Superior (SESu/MEC) e na própria pasta do governo estadual  como demonstração do “seu compromisso com a educação brasileira”.

Nos bastidores, entre as versões veiculadas na imprensa circula a de que o cargo do professor Maculan, ligado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra (Coppe), foi usado como moeda política pelo governador Sérgio Cabral Filho. A sua substituição por Tereza Porto teria sido um pedido do deputado estadual, Jorge Picciani (PMDB/RJ), presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A nova secretária, que é formada em Análise de Sistemas, não pertence a área do magistério. 

Após 14 meses à frente da SEE/RJ, o professor Maculan comunicou que encontrou “uma Secretaria completamente desestruturada, com um enorme déficit crônico de professores e escolas abandonadas”. Em nota, ainda lembrou que só aceitou o convite do governador, atraído pelas idéias de valorização do magistério e de melhoria da qualidade do ensino. Propostas com as quais sempre se identificou. 

“A Educação deve ser um projeto de longo prazo, com políticas marcadas pela continuidade. Não há milagre possível, o que deve haver é vontade política. Sem valorizar o professor, sem capacitá-lo e sem remunerá-lo dignamente, jamais conseguiremos atingir uma Educação de qualidade e que transforme verdadeiramente o nosso país”, despede-se Maculan.