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Memória

Laboratório da COPPE comemora 10 anos em alto estilo

 Fotos: Agência UFRJ de Notícias
  
 Professor Emilio Lebre
  
 Professor Luiz Fernando Loureiro
 
 Professor Mozart Schmitt

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O Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da COPPE (LIMA/COPPE/UFRJ), comemorou, na última quarta-feira, dia 24 de outubro, 10 anos de atividades de pesquisa com um dia de seminários e palestras relacionadas ao meio ambiente. A cerimônia de abertura do evento contou com a presença do Coordenador do Laboratório, professor Emilio Lebre; o Coordenador do Programa de Planejamento Energético da COPPE (PPE/COPPE), professor Luiz Fernando Loureiro; e o Vice-diretor da COPPE, professor Aquilino Senra.

– Essa comemoração de 10 anos é na verdade um pretexto para fazermos uma reflexão estratégica sobre o passado e o futuro do laboratório. A idéia é debruçar-nos sobre várias questões relacionadas os trabalhos que estamos desenvolvendo no laboratório, além de pensar nos passos futuros. Essas reflexões acerca de nosso papel enquanto instituição de ensino e pesquisa devem ser sempre valorizadas dentro da COPPE -, disse o professor Emilio Lébre.

O professor, orgulhoso, fez um breve levantamento dos números do Laboratório no decorrer desta década. O LIMA já realizou um total de 105 projetos de pesquisa, sendo 32 destes para instituições internacionais, além 145 trabalhos científicos, 28 destes em periódicos internacionais. Para ele, entretanto, a maior realização do Laboratório está no bom trabalho efetivado na formação de recursos humanos, que tendo as atividades de pesquisa como matéria-prima, já produziu 24 dissertações de mestrado e 16 teses de doutorado.

O professor explica que a história do LIMA se confunde com a história da consolidação na Coppe de uma área interdisciplinar de Engenharia Ambiental. O laboratório leva a interdisciplinaridade no nome e é filiado ao Programa de Planejamento Energético da COPPE (PPE/COPPE), caracterizado como o Programa mais interdisciplinar da Instituição.

– Sem dúvida nenhuma o Lima é uma história de sucesso, primeiramente porque desenvolve pesquisas científicas envolvendo professores alunos das mais diversas áreas. Juntar pessoas com diferentes formações não é uma tarefa fácil. É um trabalho extremamente árduo encontrar uma linguagem em comum no âmbito da interdisciplinaridade real e não da pura junção de profissionais -, afirmou o professor Luiz Fernando.
 
Em seus 10 anos de atividade, o LIMA firmou muitas parcerias com o Governo, iniciativa privada e ONGs, parcerias estas retratadas pelo número de 30 milhões de reais em investimento, quantia muito expressiva de mobilização de recursos para a pesquisa.

Uma parceria de sucesso
O maior parceiro do LIMA, assim como da COPPE, é certamente a Petrobras, que vem investindo massivamente em pesquisa ambiental nos últimos anos. A empresa foi representada na ocasião pelo Prof. Mozart Schmitt, Gerente Executivo de Desenvolvimento Energético, que ministrou uma palestra sobre o Biodiesel, combustível estudado pelo Laboratório.

Mozart Schmitt expôs um histórico detalhado do combustível que com o passar dos anos deixou de ser uma possibilidade estudada em laboratórios para se tornar uma realidade. Em 2001 a COPPE e Petrobras assinavam o primeiro contrato para o desenvolvimento tecnológico de biodiesel, que resultou rapidamente na construção de uma planta piloto.

O processo de produção de biodiesel não é novo, porém inovações muito importantes vêm sendo trazidas pelas pesquisas realizadas pela Petrobras. Entre elas está a possibilidade de produção do combustível diretamente do grão do vegetal, o que não era possível anteriormente, onde a produção era possível apenas a partir do óleo vegetal.

O professor explica que a Petrobras já implementou, com apoio da COPPE algumas unidades experimentais de produção por todo o país, que vêm contribuindo para um aumento crescente na produção do combustível no país.

– A Universidade é conhecida como um espaço de reprodução do conhecimento, e na COPPE o que percebemos é um caso muito bem sucedido de produção de conhecimento -, afirmou o professor Mozart Schmitt.