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Traumas odontologicos são discutidos em jornada acadêmica

 Foto: Agência UFRJ de Notícias
 
Hayashi mostra uma das formas de trauma buco-faciais

O Programa de Educação Tutorial do curso de Odontologia promoveu, nos dias 29 e 30 de outubro, a XVII Jornada Acadêmica de Odontologia. O evento, que contou com diversos grandes nomes da odontologia como Dayse Amaral e Roberto Prado, foi realizado em diversas salas da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Na programação, simpósios, cursos, conferências e ainda um Workshop, com temas como cirurgias estéticas do complexo maxilofacial, anestésicos e como resolver emergências médicas no consultório.

Tratamento de traumas e patologias maxilofaciais
O primeiro curso abordou o tema “Avanços no tratamento do trauma e das patologias maxilofaciais” teve como professores Gerson Hayashi, professor da UVA e Chefe do Serviço de Cirurgia BMF do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e do Hospital Municipal Lorenço Jorge – RJ, e Roberto Prado, professor da UERJ e UNIGRANRIO e cirurgião bucomaxilo-facial.

— Pode ser que em algum momento da vida de vocês alguém tenha falado que não existe emergência na área odontológica. Essa é uma visão errônea, pacientes de trauma de face também podem ser tratados como urgência ou emergência. — afirmou o cirurgião Gerson Hayashi.

Na visão dele, também seria errada a concepção de que seria necessário esperar até que as áreas afetadas pelo trauma desinchem. “De acordo com a literatura médica mundial, para fraturas simples, o momento ideal para tratar o paciente é quase que imediato, dentro das 24 horas que procedem ao acidente” disse Hayashi.

Em casos mais graves, porém, o professor recomendou um cuidado maior. “Em fraturas complexas deve se aguardar o melhor momento, levando em conta a segurança. Temos que levar em consideração cirurgias anteriores do paciente, edemas, outros traumas, mas também o fato de que algumas vezes o hospital não tem o equipamento necessário para tratar certos traumas mais específicos, sendo necessário esperar avaliação da situação ou que tragam o equipamento necessário”, completou o palestrante.

Ele destacou entre as causas de traumas maxilofaciais, quatro principais: acidentes de trânsito, projéteis de armas de fogo, agressões físicas e quedas de grandes alturas. O cirurgião alertou que no Rio de Janeiro existe o caso especial de lesões causadas por queda de laje, dificilmente encontrado em outras partes do mundo. Essa forma geralmente é tratada de forma especial na hora da cirurgia, já que quase sempre o paciente apresenta fraturas em diversas outras partes do corpo.

Gerson Hayashi também lembrou que as reconstituições de lesões completas da área maxilofacial requerem certa lógica de suporte, deixando, por exemplo, o nariz para o final do processo, já que este se encontra em uma área central da face, assim necessita de um suporte de várias outras áreas em seu entorno para que a operação seja feita de modo mais eficaz.