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Arnaldo Bloch na ECO

 O jornalista Arnaldo Bloch foi entrevistado, na última sexta-feira (19), por estudantes da Escola de Comunicação (ECO/UFRJ). Ex-aluno da escola, Bloch falou de sua carreira, do mercado de trabalho e da polêmica que protagonizou com o reitor Aloisio Teixeira sobre a transferência dos cursos da Praia Vermelha para o Fundão.

No dia 1º de setembro, Arnaldo Bloch publicou em sua coluna semanal uma carta aberta ao reitor, criticando o plano, presente no Programa de Reestruturação e Expansão (PRE) da UFRJ, de retirar as unidades da Praia Vermelha e levá-las para o Fundão. A crítica, que ganhou apoiadores no blog do jornalista, iniciou a polêmica, que ganhou maior repercussão com a resposta de Aloisio, divulgada no site da universidade e, posteriormente, na coluna de Bloch.

Segundo o Arnaldo Bloch, sua atitude é um exemplo do papel do jornalista. “Precisamos ventilar discussões. Minha coluna, como outras iniciativas, fazem com que o reitor avalie seus projetos a partir da opinião pública”, comentou Bloch, garantindo que a polêmica entre eles foi esclarecida. “A coordenadora do Forum de Ciência e Cultura, Beatriz Resende, promoveu uma reunião entre o reitor e alguns jornalistas, em que ele explicou melhor o PRE e os planos para o campus da Praia Vermelha”, contou.

Arnaldo Bloch, membro de família importante na história da imprensa brasileira, não precisava cursar a faculdade para ser jornalista, mas fez questão, sendo o único Bloch com diploma de jornalismo. Contemporâneo de Bussunda que lançou, nos corredores da ECO, o Casseta Popular, Bloch disse que, naquela época, o aluno da escola precisava produzir por conta própria e definir sua linha de pensamento, escolhendo seus autores.

Perguntado sobre a influência das empresas de comunicação no conteúdo de seus jornais, Bloch opinou: “é difícil o jornal não ter um pouco da cara dos acionistas, mas não acho que no jornalismo haja problemas para trabalhar”.

Arnaldo Bloch veio a ECO a convite de estudantes do segundo e terceiro períodos da ECO que cursam o laboratório de Texto Jornalístico, do professor André Motta Lima.