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Brincar como tratamento da angústia

O presente trabalho, apresentado durante as atividades da Jornada de Iniciação Científica, se apóia nas oficinas desenvolvidas pelos alunos da Escola de Educação Física e Desportos inscritos no Projeto Brincante – que resulta da parceria feita entre a EEFD e o IPPMG (Instituto de Pediatria e Puericultura Mastargão Gesteira) -, e tem como objetivo atenuar o sofrimento psíquico das crianças que se encontram em tratamento quimioterápico, para doenças onco-hematológicas.

Assim, o trabalho busca verificar se a oferta de espaços que estimulem o ato de brincar, pode contribuir para a diminuição da angústia de espera, que antecede a consulta médica e os procedimentos que invadem o corpo de crianças em hospitais.

– Ao longo do estudo, notamos que o ato de brincar no ambiente hospitalar é um dos mais importantes tratamentos da dor psíquica e do mal estar inerentes à situação de espera da criança. E que o brincar e o fantasiar são importantes instrumentos de alívio da angústia expectante.-, explica Luciana Ferreira Guarçoni, 8º período da Escola de Educação Física e Desportos.

As atividades são realizadas na sala de espera dos ambulatórios do IPPMG, sob a forma de quatro oficinas temáticas e supervisionadas por professores da Escola de Educação Física, das quais as crianças podem participar e sair quando desejarem. Além de proporcionar essas brincadeiras, os integrantes do projeto buscam também ouvir as crianças, seus medos, dores e queixas. Para isso eles verificam suas expressões através das sensações físicas, como: queixas de dores no peito, taquicardia, sudoreses, medo, e choro, acompanhado de hipertonia de apelo.

Os resultados não são definitivos, uma vez que o projeto ainda está em andamento. Mas como resultados parciais, registrados em relatórios semanais, filmes e fotos, há situações onde se observa a transformação do estado de angústia em prazer, através do brincar nas oficinas disponibilizadas na sala de espera dos ambulatórios.

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