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Rádios Comunitárias: ampliando o poder de ação

Raquel Paiva de Araújo Soares, doutora em Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), orientou o estudante João Paulo Carrera Malerba, também da Escola de Comunicação (ECO/UFRJ), na apresentação do seu trabalho “Rádios Comunitárias: ampliando o poder de ação”.

No trabalho, que faz parte da XXIX Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural, João Paulo concentrou-se na questão da rádio ao comentar a respeito das mídias comunitárias, cuja principal característica é o papel de mobilização social que assume. Segundo sua pesquisa, a história dessas rádios seguiu um caminho gradativo de envolvimento na política, articulando populações locais com as demandas de cidadania que proclamam.

Ao contrário da grande mídia, que segue na tendência de se provarem objetivas, isentas e imparciais, as rádios comunitárias são explicitamente engajadas na sua tarefa social. Também por isso, esses meios de comunicação alternativos estão, na maioria dos casos, ligados a Organizações não-governamentais (ONGs).

João Paulo explica que a experiência com rádios comunitários nasceu principalmente da curiosidade de experimentar este meio de expressão pública. Mas não demorou muito para se dedicarem ao desejo de participação política-social. Na Bolívia, por exemplo, estas rádios foram um importante ponto de resistência à ditadura militar ao montarem uma rede de informações que identificavam estratégias do exército para melhor combatê-las.

No Brasil, as rádios comunitárias esbarram com imposições burocráticas. Com o fortalecimento destes meios alternativos de comunicação, principalmente na década de 90, foi instituída a Lei de Radiodifusão, que restringiu o funcionamento delas ao determinar algumas proibições, tais como a ilegalidade do uso de publicidade nestas rádios, o que tira automaticamente o principal caminho de sustentação de qualquer mídia. 

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