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Gerenciamento de recursos minerais e agro-florestais na Amazônia

O penúltimo evento preparatório para o Projeto AMAZÔNIA-RIO 2007 esteve focado no tema “Recursos Florestais e Minerais”. A palestra foi ministrada por Sérgio Annibal, coordenador das apresentações e vice-presidente da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), na última quinta-feira, 6 de Setembro, no Salão Moniz de Aragão.

Com o apoio do Forum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FCC/UFRJ), Sérgio iniciou o encontro com a exibição de um vídeo retratando as diversas iniciativas de pessoas que se uniram ao Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). Fundada em 1992, esta rede engloba nove estados da Amazônia Legal, dividida em 18 coletivos regionais que reúnem 602 entidades filiadas — entre elas, organizações não-governamentais (ONGs), movimentos representantes de seringueiros, pescadores, ribeirinhos, comunidades indígenas, quilombolas e rádios comunitárias.

O GTA envolve campanhas em benefício do desenvolvimento sustentável na Amazônia, combatendo a biopirataria, a poluição de rios e a devastação da floresta. É um grupo que organiza esforços para o manejo e a gestão mais adequados dos recursos naturais, atendendo aos interesses econômicos e produtivos, mas de maneira responsável com a questão ambiental.

Em seguida, o palestrante comentou a respeito da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). É uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, concentrada em utilizar informações que envolvem a geologia e a hidrografia para um planejamento embasado do desenvolvimento sustentável no Brasil. Outra explicação de Sérgio foi sobre o Sistema de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), que visa indicar as potencialidades e as fragilidades dos meios físicos, bióticos e socioeconômicos, combinando dados geológicos com dados florestais e de recursos minerais — no caso da Amazônia, mais especificamente — também para o auxílio de decisões em prol do desenvolvimento sustentável.

Por fim, o coordenador detalhou o Projeto RADAM, um esforço do Governo Brasileiro para documentar o relevo do país, baseado em levantamentos feitos por imagens de radar. Seguindo este raciocínio, Sérgio passou alguns slides para ilustrar o processo milenar do movimento das placas tectônicas na região Amazônica que, antes da formação da cordilheira dos Andes, era uma área de inundação marinha.

Após a apresentação do estudo geológico, Sérgio concentrou sua explicação nos recursos minerais e florestais da maior floresta do Brasil. E concluiu alertando para os graves problemas que acompanham o constante desflorestamento da Amazônia, ação destrutiva que vem limitando as riquezas da região.