Nos próximos dias 20 e 21 de agosto, a UFRJ irá sediar mais um seminário do Projeto Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidades populares. Nesta edição, o tema será as Ações Afirmativas e o Desafio da Democratização do Acesso e da Permanência no Ensino Superior.
Reitores e representantes de diversas universidades brasileiras vão estar presentes ao evento, que acontecerá das 9h às 17h30min, no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura, localizado no campus da Praia Vermelha da UFRJ.
Para Laura Tavares, pró-reitora de Extensão (PR-5/UFRJ), a exposição das ações afirmativas adotadas por outras instituições públicas de Ensino Superior será importante para a UFRJ formular novas diretrizes: “O grande ganho desse seminário é a troca. A UFRJ conhece muito pouco as demais universidades. Será importante podermos ouvir o que essas instituições estão fazendo não só em relação ao acesso mas também em relação à permanência”.
O seminário permitirá ainda esclarecer à comunidade universitária que as ações afirmativas não se limitam às políticas de cotas: “Quando a gente fala de política afirmativa, as pessoas pensam logo nas cotas. Mas existem várias possibilidades, como o sistema de bônus e os pré-vestibulares comunitários, que podem e devem, inclusive, ser combinadas”, explica Laura Tavares.
A UFRJ, no entanto, não se limitará a ouvir. As iniciativas de democratização de acesso e as ações afirmativas que já estão em curso na universidade também serão pauta dos debates do evento. Os membros da administração central da instituição pretendem divulgar, por exemplo, a proposta de ocupação das vagas ociosas e o projeto, em discussão no Conselho de Ensino de Graduação (CEG), de acesso direto de estudantes da rede pública à universidade.
Apesar de, no momento atual, as ações afirmativas serem essenciais para a universidade brasileira, na opinião de Laura Tavares, elas funcionam apenas como mais uma etapa no caminho da universalização do acesso: “Acredito que o Ensino Superior deve ter o acesso universal. Mas não temos condições de extinguir o Vestibular por decreto. Por isso, eu entendo as ações afirmativas como estratégias intermediárias que possibilitarão a universalização. Não dá mais pra adiar a democratização. A sociedade brasileira está exigindo isso”, pontua.
Confira as mesas de debates e a programação completa do seminário do Projeto Conexões de Saberes aqui.