No dia 6 de julho, aconteceu a cerimônia de posse dos cargos de diretor e vice-diretor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Estavam presentes várias autoridades da universidade, como coordenadores e diretores. O salão estava com todos os seus lugares ocupados e com gente de pé para assistir a posse dos professores André Cardoso e Marcos Nogueira.
O reitor Aloisio Teixeira declarou aberta a cerimônia, e a Orquestra Sinfônica da UFRJ premiou os presentes com a execução do hino nacional brasileiro, sendo muito aplaudida no final. A mestre de cerimônia fez a leitura do ato de posse, assinado em seguida pelo novo diretor, André Cardoso. A palavra foi dada ao vice-diretor Marcos Nogueira, que brincou com a oportunidade de poder falar, já que vice-diretores pouco falam. Ressaltou o apoio irrestrito e presente da Reitoria, do reitor, da pró-reitoria de Graduação e de outros grupos da universidade: "Devo chamar atenção pela admirável participação da comunidade da EM durante o processo eleitoral: o apoio comedido e silencioso dos técnicos administrativos e dos docentes, e o menos silencioso dos estudantes, que devem ser os primeiros a cobrar ponto a ponto da direção". Em seguida, o decano do Centro de Letras e Artes, Léo Soares, membro da mesa, proferiu palavras emocionadas ao declarar que preferia se comunicar musicalmente e, por isso, falaria pouco, mas com o coração. "Tenho certeza e confiança de que será uma boa direção, e que, nos próximos quatro anos, vamos ouvir mais música", completou, colocando-se à disposição da Escola.
O diretor André Cardoso começou seu discurso lembrando que, em 2007, grandes nomes da história da música completam aniversário, como os 120 anos de Heitor Villa-Lobos. "Lembro isso para ressaltar a importância da EM e sua história, que se confunde com a história da música brasileira". Disse também que a direção irá concluir coisas iniciadas na gestão passada e que buscará equacionar o problema da baixa parcela da população que tem oportunidade à universidade pública, com a expansão da Escola, sem perder a qualidade. "Temos base para isso, desde que a EM volte a trabalhar em prol do bem comum. A Escola manterá, também, uma relação de incentivo à música brasileira", e concluiu: "Que Deus nos ilumine e nos proteja", sendo muito aplaudido, de pé, por alguns minutos.
O reitor Aloisio Teixeira foi o último a falar. Brincou que as palavras do diretor soaram como música aos seus ouvidos e completou: "Poderia dizer isso em qualquer lugar da universidade, menos na EM, porque a música é intraduzível em palavras". O reitor disse se apresentar ali com a mesma emoção e esperança de quatro anos atrás, pois a Escola foi o primeiro lugar a que compareceu como reitor para empossar uma direção. Além disso, também estava emocionado pelo fato de ter estudado na EM e por ser tetraneto de Francisco Manuel da Silva, fundador da Escola. O reitor continuou, dizendo que inaugurariam uma nova era de paz na EM, muito importante para a UFRJ. "Paz não significa silenciar as diferenças, que devem ser discutidas em um ambiente de respeito e com a consciência de que nada mais são do que opiniões", afirmou Aloisio, que completou dizendo que o papel da EM para a universidade e para a sociedade será discutido.
O reitor encerrou seu discurso renovando a esperança de que a reitoria e a Escola de Música possam trabalhar juntos e, que se for para renovar o ambiente de paz, a reitoria estará sempre presente.