Com a proposta de abrir a universidade à sociedade, disponibilizando o conhecimento aqui produzido para uma formação mútua entre academia e escolas, o Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IGEO/UFRJ) criou o Projeto de Extensão “Escola vai à Universidade”, que reúne professores de Geografia dos níveis médio e fundamental, oriundos de diversos municípios do estado, para apresentação de trabalhos produzidos pelos laboratórios do departamento.

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Com a proposta de abrir a universidade à sociedade, disponibilizando o conhecimento aqui produzido para uma formação mútua entre academia e escolas, o Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IGEO/UFRJ) criou o Projeto de Extensão “Escola vai à Universidade”, que reúne professores de Geografia dos níveis médio e fundamental, oriundos de diversos municípios do estado, para apresentação de trabalhos produzidos pelos laboratórios do departamento.

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Integrando Escola e Universidade

Com a proposta de abrir a universidade à sociedade, disponibilizando o conhecimento aqui produzido para uma formação mútua entre academia e escolas, o Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IGEO/UFRJ) criou o Projeto de Extensão “Escola vai à Universidade”, que reúne professores de Geografia dos níveis médio e fundamental, oriundos de diversos municípios do estado, para apresentação de trabalhos produzidos pelos laboratórios do departamento.

 Com a proposta de abrir a universidade à sociedade, disponibilizando o conhecimento aqui produzido para uma formação mútua entre academia e escolas, o Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IGEO/UFRJ) criou o Projeto de Extensão “Escola vai à Universidade”, que reúne professores de Geografia dos níveis médio e fundamental, oriundos de diversos municípios do estado, para apresentação de trabalhos produzidos pelos laboratórios do departamento.

De acordo com o bolsista Pedro Lemes, do 11o período, “a partir do que aprendem aqui dentro, os alunos produzem um material que poderá ser usado em sala de aula para o ensino de Geografia, e o oferecem aos professores da área”. Para os visitantes que lidam com a variação das visões e práticas da Geografia com o tempo, o ganho é grande: “essa atualização é muito válida, até mesmo para incentivarmos nossos alunos”, diz Glória Regina, professora em Paty do Alferes, que se surpreendeu ao saber que uma aluna sua quer ser professora de Geografia.

Enquanto os professores assimilam as novidades, os pesquisadores da UFRJ podem ver seus projetos postos em prática e receber retorno quanto a sua aplicabilidade; e os graduandos (futuros professores de Geografia) têm a oportunidade de, não apenas conhecer as pesquisas desenvolvidas dentro do departamento, como também de assimilar as experiências trazidas pelos profissionais, obtendo, desta forma, uma visão ampla da área em que vão trabalhar.

Para Maria do Socorro Diniz, professora visitante e coordenadora do projeto, o que se espera desta troca, que promove a formação continuada dos professores da rede estadual de escolas e a formação inicial dos futuros profissionais, é um enriquecimento de ambas as partes: “que com o acesso à produção acadêmica, os professores possam mudar suas práticas em sala de aula, trazendo, em seguida, suas experiências para nós, a fim de também colaborar para a formação dos nossos alunos de graduação”.

Esforços da Universidade dão resultado

O “Escola vai à Universidade” — que acontece em encontros mensais nos quais, além da exposição de pesquisas, há oficinas didáticas de Geografia, trabalho de campo, produção de material — nasceu da parceria entre a UFRJ e a Secretaria de Educação do Estado, para um curso que previa reorientação curricular das disciplinas dos ensinos fundamental e médio. A iniciativa não prosseguiu no governo, mas manteve-se no Departamento de Geografia da UFRJ, que já realizou, desde julho de 2006, dez eventos.

No mais recente encontro do projeto, que ocorreu em 21 de junho, no Salão Nobre da Decania do CCMN, foi apresentado aos professores presentes o tema “Limites e Fronteiras internacionais na América do Sul”, desenvolvido pelo Grupo Retis de Pesquisa, do Departamento de Geografia da UFRJ.

Segundo Lia Osório, professora do Departamento de Geografia e coordenadora do Grupo Retis, a questão de limites e fronteiras se tornou importante porque, fundamentalmente, toda bibliografia sobre globalização anuncia o fim dos Estados Nacionais. “Olhando a bibliografia com mais cuidado, parece que o sistema de Estados Nacionais pode ser visto, hoje, como um acontecimento histórico. Em outras palavras, ele não durará para sempre”, afirma a professora.

Lia pondera que não há certeza quanto à permanência da atual forma dos Estados Nacionais, o que não significa dizer que os limites deixaram de ter importância hoje. Para ela, “pode estar havendo um processo de evolução, no sentido de mudar o formato de organização política do território”.