Retornando as atividades, a reitoria itinerante visitou, na última quarta-feira (17/05), o Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA). Com a presença do reitor Aloísio Teixeira, a reunião iniciou por volta das 9h, com os sincero agradecimentos da vice-diretora do hospital, Carla Luzia França Araújo, ao professor Aloísio por ter escolhido o HESFA para o início das atividades. “Obrigado professor pela honra de sermos os primeiros a receber a reitoria itinerante. Espero que o HESFA ocupe lugar de destaque em outras situações também”, brincou a Carla, acrescentando que a reitoria itinerante ajuda à comunidade acadêmica a conhecer o hospital.
A vice-diretora dividiu seu discurso da seguinte maneira: primeiro citou os aspectos positivos, depois os negativos. A localização notória e de fácil acesso, e o tombamento histórico do prédio, que dificulta uma futura demolição; foram basicamente os pontos positivos citados. Em contrapartida, os negativos apresentaram uma natureza pouco mais complexa.
Carla Luzia enfatizou que o HESFA enfrenta dificuldades em estabelecer uma interação com o Centro de Ciências da Saúde (CCS), e também sofre com a carência de pessoal. “A nossa relação com o CCS é muito distante. Os docentes não se interessam pelo hospital. Isso talvez pela visão que muitos (docentes ou não) têm de que aqui nada acontece. (…) Já a ausência de pessoal, nos deixa em estado de sufocamento, pois os profissionais vão se aposentando, saindo, e suas vagas não são preenchidas. Diante de disso, nos resta somente lançar mão de novos prestadores de serviço”, destaca.
Outra dificuldade levantada por Carla foi a complicada relação existente entre o HESFA, o Sistema Único de Saúde (SUS) e a universidade. Segundo ela, a UFRJ não dispõe de verba suficiente para manter o hospital, logo, torna-se necessário pedir ajuda ao SUS. E é ai que as coisas se complicam. “Quando o assunto é ‘pedir verba ao SUS’, ficamos numa situação delicada. De um lado o Sistema alega que somos da UFRJ, logo a responsabilidade não é diretamente dele. De outro, a universidade não tem verba. É muito complicado”, desabafa a vice-diretora, sugerindo uma melhor interação entre os três.
O reitor Aloísio Teixeira terminou a reunião com a seguinte colocação: “Anos atrás, o problema mais apontado era o orçamento; hoje vejo que a ausência de pessoal, o superou. Em relação a isso, gostaria de dizer que já enviamos uma planilha ao Ministério do Planejamento apontando o número de profissionais que estamos precisando. Agora, só nos cabe esperar”. Além disso, Aloísio se manifestou insatisfeito com a falta de interação entre as unidades acadêmicas, e profetizou: “Se continuarmos com essa federação de unidades isoladas, daqui a uns 10 anos seremos superados pelas outras universidades de mesmo porte”.