O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro completará 189 anos. Para comemorar a data, a equipe do Museu planejou uma série de atividades, incluindo palestras, passeios, filmes.

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Memória

Museu Nacional: 189 anos de memória, cultura e ciência

O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro completará 189 anos. Para comemorar a data, a equipe do Museu planejou uma série de atividades, incluindo palestras, passeios, filmes.

Por Luiz Pedrosa – Assessor de Imprensa do Museu Nacional

 O Museu Nacional (MN/UFRJ) é uma instituição ímpar no território brasileiro. Primeira instituição científica do país, criada em 1818 por D. João VI é detentora do maior acervo de História Natural e Antropologia da América Latina. Se constitui num centro de intensa produção acadêmica nas áreas de Antropologia, Botânica, Geologia/Paleontologia, Entomologia, Invertebrados e Vertebrados. Sediada no Paço Imperial de São Cristóvão, antiga residência da família real e imperial brasileira, o Museu Nacional é um espaço de excelência onde se conjuga memória, educação, cultura e ciência.

As atividades do Museu mais conhecidas do grande público são as Exposições Permanentes. Nas comemorações de seus 189 anos o Museu Nacional aproveita para difundir e democratizar o conhecimento produzido pelos pesquisadores da Instituição, oferecendo uma diversificada programação gratuita, aberta ao público em geral, constituída de palestras, mostras, oficinas, exibição de filmes e visitas guiadas.

PROGRAMAÇÃO
Local: Quinta da Boa Vista – São Cristóvão

Oficinas
15, 16 e 17 de junho das 10:00 ás 16:00 horas

– Arte rupestre brasileira. Exposição e atividades interativas com reprodução de pinturas rupestres
– “O que os ossos revelam” – Escavação e identificação de ossos humanos.
–  Oficina de cerâmica do Instituto Benjamin Constant
– Vendo, Tocando e Aprendendo: Cultura Material Indígena.
– Contadores de histórias egípcias.
– Atelier de hieróglifos: noções da escrita egípcia
– Fases de reconstituição de uma cabeça egípcia
– Observação de Insetos – semelhanças e diferenças
– Oficina de caricaturas.
– Oficina de caracterização
– Reconstruindo o passado: Decorando o ataúde / Confecção de ânforas romanas
– Meteorítica: Brincando com ETs. Atividades interativas e práticas de observação de meteoritos no microscópio
– O que é o que é: conhecendo nosso patrimônio natural e cultural
– Oficina de escavação em paleontologia: identificação e confecção de réplicas de fósseis.
– Alga viva: Atividades interativas; observação e coleta de algas no lago da Quinta.

Exposições / Mostras
15, 16 e 17 de junho das 10:00 às 16:00 horas

– Plantas medicinais: Você faz uso?
– O bebê mastodonte e os fósseis achados em cavernas alagadas em Bonito – MS
– Observação de exemplares de insetos aquáticos na lupa e no aquário.
– Os mosquitos e a dengue. Mostra comparativa de mosquitos da dengue e outros, com observação em lupa.
– Mostra de esponjas com observação em lupa.
– Mostra fotográfica: Esponjas das ilhas oceânicas brasileiras
– Mostra da Coleção de Empréstimo
– O que é Taxidermia?
– Botânica: Observação em lupa da reprodução em Angiospermas.
– Carcinologia
– Exposição do Instituto Benjamin Constant
– Espaço Petrobrás

Mostra de vídeo
15, 16 e 17 de junho das 10:00 às 16:00 horas

Visitas guiadas

– Reserva Técnica de Etnologia – Acervo indígena brasileiro, acervo etnográfico brasileiro e acervo estrangeiro.
Dia 15: 10 às 11h e 14 às 15h
Dia 16: 10 às 11 h
Dia 17: 9 às 10h e 10 às 11h
– Passeio ecológico
Dias 15, 16 e 17:  das 11 às 12h e das 14 às 15h

Personagens Históricos
15, 16 e 17 de junho das 10  às 16h

Zoomóvel
15, 16 e 17 de junho das 10 às 16h

Palestras
Local: Auditório Roquette Pinto – andar térreo do Museu Nacional/UFRJ
15 de junho de 2007, Sexta-feira

10 – 10h30
Importância de unidades de conservação e áreas protegidas. A Estação Biológica de Santa Lúcia.
Manejo e conservação de flora e fauna e sua relação com a nossa vida
Palestrante: Eduardo Barros – Administrador do Horto Botânico do Museu Nacional e da Estação Biológica de Santa Lúcia

11 – 11h30
Arqueologia em sambaquis.
A história da pesquisa arqueológica no Brasil com especial atenção ao estudo dos sambaquis e a participação de cientistas do Museu Nacional.
Sambaquis são sítios arqueológicos onde são encontrados os registros das populações pré-históricas que viveram no litoral brasileiro de 9.000 a 1.500 antes do presente.
Palestrante: Profa. Dra. Maria Dulce Gaspar – Departamento de Antropologia do Museu Nacional

13 – 13h30
Etnoecologia e conservação
A mudança na percepção sobre os conhecimentos populares a respeito do meio ambiente e as contribuições da etnoecologia para o estudo das dinâmicas ambientais e para a conservação da natureza.
Palestrante: Tamar Bajgielman

14 – 14h30
Entomologia no Museu Nacional / UFRJ
Uma visão geral sobre a entomologia do Museu Nacional, abordando as pesquisas científicas, os entomólogos e a importância da coleção de insetos.
Palestrante: Profa. Dra. Marcela L. Monné – Departamento de Entomologia do Museu Nacional

15 – 16h
Projeto Coral Vivo
Recifes de coral são os ecossistemas de maior diversidade no mar. O Projeto Coral Vivo foi elaborado pelo Museu Nacional/UFRJ e iniciado com apoio do FNMA/MMA. Em seus 2 anos (2004-6) estabeleceu marcos sobre a biologia/ecologia de corais endêmicos, determinando períodos de desova de espécies-chave e realizando fecundações in vitro (500.000 larvas/desova). É uma iniciativa de conservação baseada na geração e difusão de conhecimento para a sociedade e o uso sustentável de recifes de coral no Brasil.
Palestrante: Profa. Dra. Débora de Oliveira Pires – Departamento de Invertebrados do Museu Nacional. Membro do Comitê Gestor do Projeto Coral Vivo

16 de junho de 2007, Sábado
10h – 10h30
Etnobotânica: estudo das plantas medicinais, alimentícias e mágicas em comunidades rurais brasileiras.
A Etnobotânica é uma vertente da Botânica que estuda o uso da planta dentro de um contexto cultural. Historicamente o foco deste estudo tem sido as comunidades indígenas. No entanto, a partir da década de 90, populações de áreas rurais como camponeses e caboclos, que moram em áreas de difícil acesso, vem sendo estudadas, demonstrando extenso conhecimento e manejo do ambiente onde residem.   
Palestrante: Ivone Manzali de Sá – Mestra em Ciências Biológicas (Botânica), Museu Nacional /UFRJ – Departamento de Botânica do Museu Nacional

11 – 11h30
A Quinta da Boa Vista
A história da Quinta da Boa Vista, desde sua criação até os dias de hoje. A Quinta, por quase um século, foi o centro de comando da nação. Sua trajetória, e das pessoas que por ela passaram ao longo dos séculos, constitui história de extrema importância para a cidade e o país.
O parque foi projetado pelo francês Glaziou sob encomenda do Imperador D. Pedro II, para compor os jardins do Palácio do Paço de São Cristóvão.
Palestrantes: Roosevelt Mota e Ricarte L. Gomes – Seção de Fotografia do Museu Nacional

13 – 13:30
A preservação do acervo arquivístico do Museu Nacional /UFRJ: sua importância para a memória da instituição.
O acervo arquivístico do Museu Nacional retrata o cotidiano da instituição no contexto político, econômico e social bem como revela suas relações com outras instituições congêneres em nível nacional e internacional. Guarda documentos de grande valor histórico que representam a memória da instituição registrando os primórdios do trabalho científico no Brasil e as alterações que se processaram no cenário internacional das ciências, além de testemunhar, também, o trabalho de cientista brasileiros e estrangeiros.
Palestrante: Maria José Veloso da Costa Santos – Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional

14 – 14h30
O Paço de São Cristóvão
O Paço de São Cristóvão foi o Palácio residencial da Família Real e Imperial, de 1816 a 1889, abrigou o plenário da I Constituinte da República de 1891 e desde 1892 é a sede do Museu Nacional / UFRJ. O Paço é um dos monumentos arquitetônicos mais significativos do século XIX no Brasil. Concebendo sua arquitetura como um documento, sua história é fonte de informação e conhecimento sobre a própria história, as ciências e as artes no Brasil. Nesse contexto, a restauração do Paço, atualmente em processo, possibilitará revelar ao público sua riqueza e importância.
Palestrante: Maria Paula Van Biene – Seção de Planejamento, Arquitetura e Restauração do Museu Nacional.

15 – 15h30
Visita ao Paço de São Cristóvão no período de d. Pedro II

Reflexões sobre a casa imperial que foi transformada em museu científico. Reconstrução da edificação que foi modificada para representar um palácio a partir da chegada da Corte portuguesa ao Brasil. Reflexões sobre a residência no período de d. Pedro I e uma ênfase no período do Imperador D. Pedro II que ali nasceu e viveu durante 64 anos. Apresentação das principais salas históricas do palácio fazendo referência às salas atuais do Museu Nacional. Transferência do Museu Nacional para o antigo Paço de São Cristóvão. 
Palestrante: Regina Dantas – Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional

17 de junho de 2007, Domingo
10 – 10h30
O Museu Nacional e o desenvolvimento da História Natural no Brasil.
Os naturalistas viajantes. As primeiras pesquisas no Brasil. A criação do Museu Real. A comissão Geológica do Império. O legado de Orville Derby. As pesquisas nos Séculos XIX e XX. A formação de pesquisadores: os cursos de pós-graduação e de extensão. A importância do acervo do Museu Nacional para as ciências naturais.
Palestrante: Prof. Dr. Benedicto H. Rodrigues Francisco – Vice-Presidente do Centro Brasileiro de Arqueologia. Colaborador do Projeto Educação Patrimonial em Arqueologia do Museu Nacional.

11 – 11h30
Biodiversidade marinha das ilhas oceânicas brasileiras
As ilhas oceânicas brasileiras (Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Arquipélago de São Pedro e São Paulo e Ilha da Trindade) são locais extremamente isolados e com uma alta diversidade de espécies, principalmente nos ecossistemas marinhos. Estas ilhas têm uma grande importância ambiental, científica, econômica e estratégica para o Brasil, sendo classificadas como áreas prioritárias para a conservação da Natureza.
Palestrante: Fernando Moraes – Departamento de Invertebrados do Museu Nacional

11h30 – 13h10
Exibição do filme Zé Pureza, a trajetória de famílias na luta pela terra.
Zé Pureza é um documentário de longa metragem que mostra as dimensões e a complexidade das questões agrárias, explorando suas práticas cotidianas, conflitos e contradições. O filme acompanha ao longo de quatro anos a trajetória de famílias mobilizadas pelo MST/RJ para uma ocupação de terras no norte fluminense, nomeando “Zé Pureza” ao seu acampamento, uma homenagem à liderança, das décadas de 1950 e 1960, morto em 1983.
Filme de Marcelo Ernandez

13h30 – 14h
Na Terra dos Titãs – uma expedição na busca de dinossauros
"Você sabe como são encontrados os dinossauros? Comumente as pessoas acham que tudo é muito fácil: basta ir ao campo, com um pincel e pronto – esta feita a descoberta tal qual mostrada em filmes como o Jurassic Park. No entanto, na vida real o trabalho do paleontólogo – que é o nome do pesquisador que estuda os fósseis – é bem diferente. Nesta palestra será mostrado, com um exemplo real, a vida dos pesquisadores que saem em busca de dinossauros e outros fósseis."
Palestrante: Alexander Kellner

14 – 14h30
A participação popular e a proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.
Quem somos nós? A que grupo pertencemos? Qual é a nossa história? Estas são algumas perguntas que somente podem ser respondidas se dermos a devida atenção ao patrimônio histórico, artístico e cultural que nos cerca. Museus, estátuas, ruas, vilas, templos religiosos, documentos históricos, músicas, danças, dentre tantos outros, formam o acervo de nossa memória. O patrimônio histórico, artístico e cultural pertence a todos nós, cidadãos brasileiros, devendo ser protegido tanto pelo Poder Público como por nós mesmos.
Palestrante: Dr. Robert Lee Segal – Instituto Brasil Direito. Colaborador do Projeto Educação Patrimonial em Arqueologia do Museu Nacional

15 – 15h30
A Torah de Pedro II. Memória do II Reinado
A Arqueologia tem sido tradicionalmente definida como o estudo de culturas passadas. Em seu sentido mais amplo, a Arqueologia Histórica é o estudo de culturas. É, também, um conjunto de métodos para extrair informações e um modo de pesquisar o passado através das edificações, ruínas, estruturas, documentos e artefatos. O Projeto Pergaminhos IVRIIM do Museu Nacional/UFRJ, teve início em 1994 a partir do estudo de um conjunto de 09 (nove) rolos identificados como a Torah ou Pentateuco – os cinco primeiros livros da Bíblia. Em 1998, esse conjunto de manuscritos foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Historio e Artístico Nacional/IPHAN como memória do II Reinado.
Palestrante: Dra. Rhoneds A. R. Perez – Coordenadora do Projeto Educação Patrimonial em Arqueologia