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Quinzena de Gravura


Começou no dia 14 e irá até 25 de maio, a Quinzena de Gravura, evento realizado por alunos do atelier do curso de Gravura, da Escola de Belas Artes (EBA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalhos de alunos, ex-alunos e professores ficam expostos no hall de entrada da Reitoria e estão a disposição de quem quiser adquiri-los.

A exposição existe, regularmente, há cerca de 20 anos, mas depende do comprometimento das turmas de alunos, já que são eles que organizam todo o evento.

De acordo com Maria Matina, uma das organizadoras da quinzena, o projeto nasceu da iniciativa de alunos, que precisavam de dinheiro para montar a prensa do atelier. “Os professores tiveram a idéia de rifar algumas gravuras próprias. Veio, depois, a idéia de se vender os trabalhos, que, inicialmente, não renderam muito dinheiro, mas fez com que vissem que dava para conseguir verba com isso. Começou uma rotina de se vender esses trabalhos uma vez por período”, explicou Maria.

A quinzena não é feita para benefício próprio dos artistas ou apenas do atelier. De acordo com Maria Matina, 25% do valor da obra vai para o atelier, mas há expositores que abrem mão do dinheiro. “O objetivo é a gente ter uma verba para gastar com qualquer coisa que dê errado no atelier. Por exemplo, se quebrar a geladeira, esse dinheiro vai ser usado para comprar uma nova, ou seja, o dinheiro será gasto em coisas que a faculdade demoraria muito tempo para disponibilizar”, disse. A organizadora enfatizou que o dinheiro é gasto para melhorar o atelier, mas não cumprir as necessidades básicas, como tinta ou papel.

Para aqueles que quiserem expor seus trabalhos na Quinzena de Gravura, Maria Matina explica que só há uma especificação: ter feito alguma matéria de gravura e estudar, ou ter estudado, no atelier. A organizadora disse que o balanço do evento está sendo muito positivo financeiramente e adverte quanto à falta de união de outros cursos ligados à arte: “fico um pouco triste com a falta de união dos outros cursos, porque a quinzena deveria servir como exemplo de união para os cursos de pintura, de escultura, de desenho industrial, pois movimentos como esse são importantes em um curso de arte”.