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O Centro de Estudos do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da UFRJ lançou Cadernos IPUB 22, cujo tema “Desinstitucionalização, A Experiência dos Serviços Residenciais Terapêuticos” foi debatido durante todo o dia 27, no Instituto. A organizadora do evento e editora deste número, Patrícia Albuquerque, recebeu autoridades e estudiosos em saúde mental para discutir a desinstitucionalização dos tratamentos mentais, a partir da reinserção de pacientes à rotina cidadã, oferecendo a eles uma residência e, assim, devolvendo-os aos espaços públicos.
Para o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, que veio de Brasília especialmente para o evento, é fundamental, para o tratamento terapêutico, casa e sustentação. “Quando conversamos com pacientes que estão passando agora por esse processo de mudança através de residências terapêuticas, percebemos que eles se alegram e ficam aliviados com banalidades”, comentou Delgado. “Uma paciente veio contar como é bom poder ir à missa no horário que ela prefere. Na verdade, isso não é banalidade é a representação da cidadania”, completou.
O ex-decano do Centro de Ciências da Saúde, João Ferreira da Silva Filho, disse ao site da UFRJ que a publicação é importante para a assistência de saúde mental, tanto no Brasil, quanto internacionalmente. “Cadernos IPUB discute e apresenta propostas e modelos de moradias terapêuticas a partir da análise de experiências das residências do instituto, do Brasil e do mundo, onde a desinstitucionalização já está consagrada há mais de 30 anos”, justificou João Ferreira, a importância da edição. “Representa um marco importante no avanço do conhecimento e na melhoria da assistência de saúde mental no Brasil e o Instituto de Psiquiatria é quem está dando essa contribuição com o lançamento e com a capacitação de profissionais nessa área”.