O reitor Aloísio Teixeira se reuniu, no último dia 14, com o prefeito de Macaé, Riverton Mussi Ramos, para celebrar o protocolo de intenções, firmado entre a UFRJ e a Prefeitura da cidade, que tem como objetivo a oferta de quatro novos cursos de Graduação no município a partir de 2008. O encontro, realizado no Salão do Conselho Universitário, na Ilha do Fundão, contou ainda com a presença de membros da administração central da universidade, de diretores de unidades e de Jorge Aziz, presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac).
O protocolo de intenções vem somar-se às parcerias entre a universidade e o município, que existem desde a inauguração, em março de 2006, das novas instalações do Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (Nupem). O documento prevê ações efetivas para a implantação dos cursos de Farmácia, Química, Biologia e Engenharia de Produção Naval em Macaé. Nele, a Prefeitura da cidade se compromete a construir instalações com infra-estrutura adequada para receber as novas turmas; a UFRJ, por sua vez, assume a responsabilidade de divulgar, já no edital do Vestibular 2008, a disponibilidade de vagas para os cursos.
– Queremos construir em Macaé a semente para a Universidade Nova, conceito que busca romper com as limitações do Ensino Superior brasileiro, voltado hoje basicamente para a formação mercadológica do estudante. A possibilidade de interação entre os vários níveis de governo nessa iniciativa permitirá oferecer aos jovens algo novo em termos de Educação Superior e poderá servir de exemplo para outras instituições – ressaltou Aloísio Teixeira.
No dia 2 de abril, será concluída a primeira etapa de construção do complexo universitário que abrigará os novos alunos. O prefeito Riverton esboçou interesse em fixar também na cidade os cursos de Medicina e Enfermagem, para atuarem junto ao Hospital Municipal de Macaé. A proposta foi bem recebida por Antônio Ledo, diretor da Faculdade de Medicina:
– Essa possibilidade nos entusiasmou. A perspectiva de um campus avançado, no qual as esferas de poder municipal, estadual e federal possam atuar significativamente, é interessante. Precisamos, entretanto, discutir o conceito de saúde, que, na realidade, transcende o ‘não estar doente’. Gostaríamos de refletir sobre questões ligadas à cidadania, às condições de trabalho – enfatizou o médico, prometendo uma visita à rede hospitalar de Macaé.
Durante o encontro, o Pró-reitor de Planejamento e Finanças (PR-3), Carlos Levi, destacou algumas sugestões de alteração no texto do protocolo. De acordo com o docente, o documento deve contemplar, além dos cursos de Graduação, atividades de Ensino Médio, Pós-graduação e Extensão. Levi recomendou ainda que, em vez de um bloco, a UFRJ tivesse acesso a dois prédios do futuro Complexo Universitário de Macaé.
Os profissionais presentes acordaram realizar reuniões que permitam definir os pontos mais específicos do protocolo. “A gente necessita de um programa que possa ir se desenhando aos poucos, mas o importante é firmarmos hoje o compromisso com a proposta”, enfatizou o reitor Aloísio Teixeira.