Para professora Leila Rodrigues, coordenadora geral da JIC 2006, “o evento é o instrumento institucional mais significativo para alcançar as metas da universidade: a troca de conhecimento entre alunos e professores”. Na mesma direção, Eduardo Refefkalesky, coordenador da Jornada na Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, ressalta que “um dos objetivos é fazer o intercâmbio entre os alunos para que todos possam melhor conhecer os trabalhos dos outros”.
Para Ivana Bentes, diretora da ECO, a Jornada, “além de ser um espaço de circulação de conhecimento, é uma oportunidade de descobrir vocações, exercitar o rigor pela pesquisa entre os alunos, funcionando como uma vitrine do que se produz na universidade”. Para Margareth Silva Pereira, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e coordenadora da JIC no Centro de Letras e Artes (CLA), essa exposição “é uma maneira de prestar contas à sociedade do que se faz com os investimentos públicos, no seu sentido cultural e econômico, e de oferecer um espaço para o diálogo universidade-sociedade-cidade, difundindo o que a UFRJ produz, faz e pensa, por meio de projetos científicos e tecnológicos desenvolvidos, principalmente, pelas novas gerações”.
Além de projetos científicos e tecnológicos, os aspectos culturais e artísticos são também contemplados na Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural. “Hoje, a universidade vem legitimando saberes e campos mais plurais. Arte, Ciência e Cultura não podem ser hierarquizadas, são igualmente importantes, e cada um tem o seu rigor”, destaca Ivana Bentes. Para Margareth Pereira, “é importante estimular uma visão de conhecimento transdiciplinar. Uma visão de Ciência e de Arte em que as fronteiras são múltiplas e móveis. No CLA, percebo o quanto jovens artistas poderiam potencializar seus talentos específicos no diálogo e na criação de experiências, de análises com outros profissionais. Esse é o verdadeiro horizonte da JIC e temos que caminhar nesta direção”.
Alunos, jornada e universidadeAlém de possibilitar a identificação, desde cedo, de estudantes que possam ter perfil para a pesquisa, a jornada tem uma função pedagógica importante. “Você aprende quando tem que forjar e escrever o argumento. Aprender a fazer pesquisa é essencial não apenas para os que serão pesquisadores, mas para todos que irão para o mercado de trabalho”, esclarece Paulo Vaz, coordenador da pós-graduação da ECO, que foi responsável pela JIC 2000 na ECO.
Ana Carolina Silva, aluna do 7º período de Publicidade e Propaganda, ressalta que “o evento estimula a produção científica, dá oportunidade aos estudantes de mostrar o produto de sua formação e incita neles o interesse pela vida acadêmica. Ou então, eles podem descobrir que não pretendem seguir nesta direção”. Participante de outras edições, Ana Carolina relata: “a primeira sensação é de nervosismo, mas depois que você percebe que tem controle do que está falando e que ninguém sabe mais do assunto tratado do que você, tudo fica mais tranqüilo”.
Para Margareth, “todos os alunos da UFRJ deveriam participar deste momento em que a universidade pulsa, em que ela se entende como um conjunto com perfis, tarefas e objetivos talvez diferenciados, mas solidários e indissociáveis do ponto de vista cultural e social”. Porém, apesar da importância, nem todos estudantes demonstram interesse: “O evento é assistido apenas pelos participantes e seus amigos, o que é uma pena. Mais pessoas deveriam interessar-se pela pesquisa e pelo estudo, porque este é o diferencial de uma universidade federal. Aqui é o lugar em que se faz pesquisa”, opina Paulo Vaz.
Abertura, encerramento e premiaçãoA cerimônia de abertura da JIC 2006 acontece no dia 07 de novembro, às 9 horas, no Auditório do Centro de Tecnologia (CT), onde se dará também a de encerramento, no dia 30. As unidades da UFRJ, participantes do evento, organizam a programação e a disposição do espaço das apresentações, através de coordenadores locais da JIC.
Nos dias 11 e 16 de outubro, às 10 horas, no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), e 14 horas, no Auditório Professor Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão) do Centro de Ciências da Saúde (CCS), respectivamente, os estudantes serão orientados sobre a preparação e apresentação dos trabalhos da Jornada. O trabalho mais pontuado receberá o Prêmio Joaquim Gomes de Souza e uma quantia de mil reais, paga pela Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB).
Outros cinco trabalhos serão escolhidos para receberem menções honrosas. As notas variam de zero a dez e podem ser critério para concessão e renovação de bolsas de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) 2007-2008.
Massarani, cuja dedicação ao ensino contagiava alunos e colegas, foi um dos primeiros professores do Brasil a obter título de mestre, conquistado na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, no início dos anos 1960. Além do título, o professor de Engenharia Química e Química Industrial da Escola de Engenharia, atual Escola Politécnica, queria trazer para o país o que havia de mais moderno no ensino e na pesquisa em sua área.