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Currículos alternativos para educação

Por Rakel Cogliatti

A VIII Semana de Educação aconteceu entre os dias 23 e 27 de outubro e teve como tema “Educação Sem Limites”. Foram mini-cursos, oficinas e palestras sobre a relação entre escola e comunidade. Na quarta-feira ( 25/10) , o assunto abordado foi a existência de currículos alternativos. A mesa do salão Muniz Aragão, no campus da Praia Vermelha, foi composta por professores da própria faculdade de Educação.

Uma das propostas dos currículos alternativos são as escolas Multiculturais, que tem por objetivo “ser uma resposta à diversidade cultural e à necessidade de combater preconceitos, sejam eles de identidade individual, coletiva ou institucional”, como afirmou a professora Ana Canen. Segundo ela, o multiculturalismo admite que todos os sujeitos são plurais, e trabalha com o conceito de democracia, valorizando as relações interpessoais. Este tipo de escola evita a homogeneização das identidades coletivas, rompe fronteiras ao possuir um espaço aberto para a pluralidade, diversifica a abordagem dos professores e articula os conteúdos para adaptá-los às diferenças, não importando se são culturais, étnicas ou religiosas.
Outra proposta apresentada na palestra foi a escola Cidadã, abordada pela professora Regina Céli e criada no Brasil a partir da década de 90, que engloba todas as escolas que procuram desenvolver um diálogo com a cidade. Sua denominação muda à cada município brasileiro, mas qualquer uma que incluir um currículo com responsabilidade social se insere no contexto de cidadã. A escola é participativa, possui um forte componente político de cidadania. Seu principal nível é a educação básica, mas ela também trabalha com a questão do “prazer”, o aluno gosta tanto da aula que não quer sair da escola.
Existem semelhanças entre a escola Multicultural e a Cidadã, à medida que ambas possuem uma política abrangente, preocupando-se com a formação de seus alunos e desenvolvendo o lado social. Ambas procuram acabar com a exclusão das chamadas minorias. Demonstrando que este será o futuro, Regina Céli disse: “Dentro da Faculdade de Educação já há a preocupação com a formação de professores que tenham a visão de currículos alternativos”
Completando o grupo de palestrantes, a professora Eliana Bhering falou sobre os métodos utilizados na Escola Waldorf, na qual o objetivo é valorizar os talentos individuais de cada aluno. E o professor Reuber Scofano apresentou o sistema educacional da Escola da Ponte, localizada em Portugal, onde os alunos estudam apenas matérias de seu interesse, sem disciplinas pré-determinadas.