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Projeto Praça Onze vai testar vacina contra Aids

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O Projeto Praça Onze, do Laboratório de Pesquisas em Aids do Hospital do Fundão, da UFRJ, vai testar uma nova vacina contra a Aids que já foi testada em voluntários americanos, peruanos e haitianos, da mesma faixa etária. Para esta tarefa, os pesquisadores do Projeto Praça Onze esperam recrutar 100 candidatos a voluntários com idades até no máximo 25 anos. A seleção desse grupo etário se justifica com o fato de a vacina a ser testada empregar parte do vírus (vaccina) da varíola em sua formulação. Os voluntários não podem ter sido vacinados contra a varíola e precisam ser saudáveis.
Os interessados em participar desse estudo, que coloca o Brasil no ranking do que há de mais avançado na ciência mundial, devem ir à sede do Praça Onze, no Hospital Escola São Francisco de Assis, na Av. Presidente Vargas, 2863, ou na Rua Afonso Cavalcanti, 456, que ficam localizados no bairro da Cidade Nova. Os interessados em participar do estudo também podem ligar para o telefone 2273-9073, para agendar uma entrevista com os especialistas do Projeto Praça Onze.
O estudo a ser feito pelos cientistas da UFRJ visa testar a segurança – se provoca algum tipo de problema, como dor ou febre, por exemplo – e a possibilidade de o novo imunizante causar resposta imunológica.
Como é comum em estudos como esses, a nova vacina integra o Protocolo 055, e, na verdade, será testada em combinações diversas de quatro diferentes vacinas. Essas vacinas são as mais promissoras desenvolvidas até agora em todo o mundo.
O teste com a nova vacina deve começar em janeiro, mas isto ficará na dependência do recrutamento e seleção da quantidade ideal de voluntários. Os pesquisadores do Praça Onze estão participando desse estudo depois de participarem de disputa mundial por recursos dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
Coordenado pelo infectologista Mauro Schechter, o Projeto Praça Onze realiza, há 10 anos, estudos diversos sobre Aids e outras doenças sexualmente transmitidas. Entre esses estudos estão os testes de três vacinas contra a Aids e a pílula do dia seguinte (situação em que o voluntário toma o anti-retroviral toda vez que acha que se submeteu a risco de contaminação pelo HIV, o vírus que provoca a Aids). Outras informações sobre o projeto estão disponíveis no site www.pracaonze.ufrj.br
No Brasil, são mais de 600 mil infectados pelo vírus da Aids, 170 mil em tratamento e 11 mil mortes, por ano. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a epidemia continua crescendo no País.