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Memória

História para ser lembrada

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agencia2256T.jpgA Biblioteca Carvalho de Mendoça, da Faculdade de Direito da UFRJ, comemorou na quarta-feira, 26, seu primeiro centenário. A solenidade, que aconteceu no salão Ruy Barbosa, contou com as presenças do reitor da universidade, Aloísio Teixeira, da diretora da Faculdade de Direito, Juliana Neuenschwander Magalhães, da chefe da biblioteca, Maria de Fátima Ramos Madruga , da Coordenadora do Sistema de Bibliotecas da UFRJ ( SiBI), Paula Mello, do advogado e criminalista, Técio Lins e Silva, além do engenheiro Paulo Mário Ripper, de Chantal Russi, do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ ( SINTUFRJ) e a da diretora executiva do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira ( CACO), Fernanda Laje Alves.

A bibliotecária Fátima Madruga fez um breve relato da história da biblioteca e falou das dificuldades encontaradas ao longo dos 11 anos em que está à frente da biblioteca. Ela ainda agradeceu ao CACO pelas doações de livros, lembrando que seus integrantes estavam lançando, neste mesmo dia, uma campanha para arrecadar livros. Além disso, Fátima confirmou a instalação de mais dois terminais na biblioteca, que poderão ser acessados pelo estudantes após o término da greve dos funcionários da universidade.

A coordenadora do SiBI, Paula Mello, disse que a UFRJ está vivendo uma nova fase, na qual a biblioteca aparece como peça de extrema relevância para o ensino e as pesquisas desenvolvidas na instituição. No início deste ano, o SiBI promoveu uma pequena reforma na Biblioteca Carvalho de Mendonça, em que novos mobiliários foram comprados e o piso refeito. Paula reiterou o trabalho que o SiBI vem desenvolvendo na reconstrução das bibliotecas da universidade. Ela ainda mencionou a importância da nova bibliotecária, e também historiadora, Sânia Moura, da biblioteca da Faculdade de Direito, para a realização do evento e resgate da história da biblioteca.

De volta ao começo

A professora Juliana falou de sua satisfação em estar, mais uma vez, naquele salão, onde há 15 dias ela foi empossada diretora da Faculdade. A biblioteca é a alma de uma Faculdade de Direito, é sua espinha dorsal, disse a diretora, reconhecendo a necessidade de renovação do acervo da biblioteca. “ Hoje, é o ponto de partida de um trabalho de renovação longo e duro pelo qual a Faculdade de Direito tem que passar, priorizando sua biblioteca”, afirmou.

O advogado e criminalista, , Técio Lins e Silva, ex-aluno e integrante do CACO, lembrou da noite do dia 31 de março, quando os estudantes da Faculdade Nacional de Direito, naquele mesmo salão, chegaram a fazer barricadas de cadeiras e mesas para impedir que os militares invadissem a Escola. “Ao longo do período da ditadura a Faculdade Nacional de Direito foi palco de uma resistência pacífica e inteligente contra o regime. Os alunos daqui nunca se curvaram e souberam aprender a lutar e a cultuar a democracia”, disse ele. O criminalista mencionou, ainda, as recentes posturas de resistência dos estudantes da Faculdade de Direito, liderados pelo CACO, diante das dificuldades pelas quais a Faculdade passou nos últimos meses. Técio doou um exemplar de um livro seu recentemente lançado “ O que é ser advogado”, para a biblioteca Carvalho de Mendonça.

Encerrando a solenidade, o reitor Aloísio Teixeira falou que as bibliotecas são a alma de uma universidade, além de serem referências na liberdade de pensamento. No mês de novembro, estará sendo encaminhado ao Conselho Universitário, o Consuni, o orçamento da universidade de 2006, com destaque para uma parte que será reservada para a aquisição de livros. “ Vamos propor ao Consuni que aloque recursos à aquisição de acervo”, disse Aloísio.

Ao término do evento, todos os presentes se encaminharam para o salão anexo ao salão nobre para acompanharem uma exposição de painéis contando a história da Biblioteca Carvalho de Mendonça.