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Nanotecnologia na UFRJ

Os Institutos de Física, de Química, de Biofísica, de Macromolécula e a COPPE lançarão, no dia 13 de fevereiro de 2006, a Escola de Nanotecnologia. Trata-se de um curso de verão inédito – com a duração de uma semana – destinado a alunos que estejam no fim da graduação ou cursando a pós-graduação tanto na UFRJ quanto em outras universidades.

agencia2240T.gifA Nanotecnologia, além de ser a ciência da construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos, associada a diversas áreas de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica), já é também um negócio que movimenta cerca de 100 bilhões de dólares em todo o planeta. Seu enorme potencial de aplicação nos mais variados setores industriais atrai cada vez mais investimentos, produzindo resultados que causam impacto ao desenvolvimento econômico e tecnológico.

Levando em consideração o contexto promissor dessa área, os Institutos de Física, de Química, de Biofísica, de Macromoléculas, e a COPPE lançarão, no dia 13 de fevereiro de 2006, a Escola de Nanotecnologia. Trata-se de um curso de verão inédito – com a duração de uma semana – destinado a alunos que estejam no fim da graduação ou cursando a pós-graduação tanto na UFRJ quanto em outras universidades.

Segundo José d´Albuquerque e Castro, diretor do Instituto de Física e idealizador da Escola, são esperados alunos de diversos cursos relacionados à área científica. “Uma característica da Nanotecnologia é a multidisciplinaridade. Quando falamos de átomos e moléculas, as paredes que separam as áreas de conhecimento relacionadas desaparecem completamente”, afirmou o professor, esclarecendo que o projeto, apesar de ter o lançamento previsto para fevereiro do ano que vem, ainda está na primeira etapa do processo de organização. “Falta concluir a elaboração do programa da Escola e definir as formas de divulgação da iniciativa e de financiamento”, declarou.

Rodrigo Barbosa Capaz, professor do Departamento de Física dos Sólidos e parceiro do professor José na criação da Escola de Nanotecnologia, afirmou que haverá um processo de seleção prévia para preencher as vagas do projeto. “A seleção será baseada no currículo e nos interesses acadêmicos declarados pelo candidato. Aqueles que cursarem a Escola terão direito a palestras, minicursos, atividades práticas em laboratório e ao recebimento de um certificado de conclusão ao final da semana de aulas”, disse Rodrigo.

Como atividade científica, a Nanotecnologia possibilita conhecer a matéria em sua forma estrutural mais elementar, composta por átomos e moléculas que interagem e se organizam, e ter acesso à escala nanométrica – de um bilionésimo de metro – para entender as leis que governam este mundo invisível a olho nu. Como atividade tecnológica, inúmeras possibilidades podem ser aplicadas nos campos da micro e nanoeletrônica, no aumento de desempenho de medicamentos, no diagnóstico de doenças, no tratamento de tumores cancerígenos, no desenvolvimento de catalisadores para o agronegócio, na melhoria da eficiência de processos industriais, dentre outras áreas e funções.

Além da Escola de Nanotecnologia, também será inserida na grade curricular do Instituto de Física, no semestre que vem, uma disciplina eletiva direcionada a essa ciência. Os meios para se inscrever na Escola, bem como as datas de seleção e os temas das aulas serão posteriormente divulgados.