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Novas salas de aula na Praia Vermelha

A Reitoria e o Escritório Técnico Universitário (ETU) iniciaram um estudo que visa a implantação de novas salas de aula no campus da Praia Vermelha. A medida procura resolver o problema de espaço físico das unidades, principalmente do Palácio Universitário. O projeto, conhecido como “aulário”, terá ao todo 72 salas, com capacidade para 60 alunos cada, distribuídas em três módulos. A inauguração do primeiro módulo está prevista para junho do ano que vem.

agencia2007T.gifPensando na comodidade e no conforto dos alunos e professores que desenvolvem atividades acadêmicas na Praia Vermelha, a Reitoria, em conjunto com o Escritório Técnico Universitário (ETU), iniciou um estudo que visa à implantação de mais salas de aula no campus. Com o projeto, que também é conhecido como aulário, pretende-se construir três módulos de salas de aula, cada um deles com três pavimentos e oito salas por andar. Ao todo serão 72 salas que comportarão 60 alunos cada. Além disso, os terraços dos prédios poderão ser utilizados como auditório, salões de pesquisa ao ar livre ou, até mesmo, para lanchonetes. A princípio, o aulário terá somente três andares porque a nova construção não poderá desrespeitar a volumetria do Palácio Universitário, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A construção do primeiro módulo (veja na figura a localização) está prevista para começar no segundo semestre deste ano, com inauguração prevista para junho de 2006. Segundo a diretora do ETU, Maria Ângela Dias, ainda não foi definido se o terraço do prédio terá ou não uma cobertura. Mas caso esta venha ser utilizada, a preferência é por materiais leves.
A diretora do ETU afirmou ainda que três princípios nortearam os estudos de elaboração do projeto. O primeiro deles é o fato de o Palácio Universitário ser tombado pelo Iphan, o que encarece o custo das obras de manutenção e restauração. O segundo é a falta de espaço para abrigar mais salas de aula; já o terceiro diz respeito às questões administrativas como, por exemplo, a autorização para obras que representem modificações significativas ao patrimônio. “O processo de autorização de obras pode demorar meses e, geralmente, as unidades não dispõem de tanto tempo para atender as suas demandas. Além disso, o esvaziamento do Palácio significará a sua preservação como patrimônio histórico”, ressalta Maria Ângela.
O Escritório Técnico Universitário está fazendo um levantamento, junto às direções dos cursos que atuam, hoje, na Praia Vermelha, para identificar as salas de aula e a parte administrativa, que permanecerão no Palácio Universitário. De acordo com a diretora do ETU, haverá uma coordenação pedagógica para montar a programação do aulário. Além disso, o escritório também pediu o levantamento topográfico para que sejam identificadas árvores que não podem ser cortadas, tubulações de esgoto e encanamentos.
A medida foi bem aceita por alunos e funcionários que convivem com problemas físicos nas unidades, principalmente no Palácio Universitário, onde algumas salas possuem infiltrações e sofrem com rachaduras. Entretanto há ressalvas.
“Acho uma boa essa iniciativa, até porque como está não dá para continuar. Mas é preciso ter a certeza da viabilidade acadêmica e espacial desse aulário”, opina a estudante de Comunicação Camila de Carli, há 3 anos na UFRJ.
“Vejo com bons olhos essa medida. Entretanto é preciso refletir bastante, até porque esse lugar é histórico e importantíssimo para a universidade. Muitos movimentos políticos, artísticos e culturais dos anos 70, 80 e 90 nasceram aqui”, afirma Luis Nogueira, funcionário do Protocolo da Escola de Comunicação há 11 anos.
Durante a Reitoria Itinerante realizada no Instituto de Psicologia (IP), no último dia 2 de junho, o reitor Aloísio Teixeira afirmou que os módulos de salas de aula seriam um ponto de integração, convivência e socialização dos estudantes do campus. Em relação ao estacionamento, ainda não há nenhum projeto definido.
“A idéia é que não circule mais carro dentro do campus, pois o local deveria ser um lugar de apreciação e convivência da comunidade acadêmica”, afirmou a Diretora Maria Ângela.
Como medida emergencial, está sendo reformado o 2º andar do prédio anexo ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), que abriga hoje a Biblioteca do Centro, no térreo, e o Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), do Fórum de Ciência e Cultura, que fica no último andar. No local, de 500 metros quadrados, estão sendo construídas desde 25 de maio, sete salas de aula, que abrigarão cerca de 400 estudantes, minimizando em parte o problema físico das unidades do campus. O projeto, de responsabilidade da arquiteta Glória Maria Hellmeister Dias H. Rodrigues, da Prefeitura da UFRJ, está orçado em 200 mil reais e sua execução a cargo da empresa WL Engenharia, com prazo de conclusão das obras em 28 de julho.
“É um ganho para os alunos e para toda a Universidade. É fundamental que haja essa medida”, afirmou a sub-prefeita do campus da Praia Vermelha, Cristina Frade, que responde pela fiscalização das obras de construção emergencial de sala de aula.

Nas fotos: O 2º andar do prédio anexo ao CFCH, ainda em obras, onde se localizarão sete salas de aula, a partir de agosto.
Na segunda foto, área de estacionamento da Praia Vermelha, onde está previstra a construção do “Aulário”.

Confira aqui a planta do projeto