Na reunião desta quarta-feira, dia 22, o Conselho de Ensino e Graduação (CEG) aprovou a criação da Comissão Acadêmica que irá avaliar o projeto pedagógico da Escola de Comunicação (ECo). Mas a mobilização e faixas de protesto dos estudantes não impediram que o Conselho rejeitasse a moção apresentada pelo Centro Acadêmico (CAECO) e o DCE Mário Prata, que pediam a exoneração do diretor da Escola, José Amaral Argolo, e a concessão de paridade entre funcionários, estudantes e professores nas eleições da Unidade. Apenas a representante do DCE, Rafaela Magnani votou a favor da última moção.
O professor José Roberto Meyer, presidente do CEG e Pró-reitor de Graduação, reiterou que uma Comissão de Sindicância está finalizando o relatório sobre o que foi apurado relativo à problemas de gestão na ECo. O Reitor Aloísio Teixeira deverá receber esse documento assim que chegar de Brasília.
A Comissão Acadêmica é composta pelas professoras Ana Canen, da Faculdade de Educação, e Maria José Coelho (suplente), da Faculdade de Enfermagem, as funcionárias Ana Maria Ribeiro e Vera Barradas (suplente) e Tiago Loureiro e Rafaela Magnani, do DCE. Durante a plenária, a professora Ana Canen pediu que os estudantes apresentassem à mesa do CEG, em documento, o projeto pedagógico dos cursos de graduação da ECo para discussão no Conselho.
O cronograma da Comissão já está sendo elaborado e uma reunião preliminar com os estudantes foi marcada para o dia 28 de junho, próxima terça-feira, às 18h, na ECo. Pretende-se ouvir as reclamações relativas ao projeto pedagógico da Escola. Segundo Ana Canen, não cabe a esta comissão se ater a problemas políticos ou de gestão:
— Nosso trabalho é estritamente acadêmico, ou seja, pretendemos avaliar o projeto pedagógico e curricular da Escola de Comunicação. Outra Comissão já apurou os problemas de ordem política e administrativa — disse Canen.
Estudantes irão ao Consuni
Sem o aval do CEG, os estudantes decidiram mudar de estratégia. Serão apresentadas amanhã, na próxima reunião do Conselho Universitário (Consuni) duas reivindicações: o pedido de afastamento do diretor José Amaral Argolo e a aprovação da paridade nas eleições. A liderança estudantil pretende esperar o parecer da Comissão de Sindicância para então propor a exoneração do diretor da ECo.
Hoje haverá Assembléia do Estudantes na ECo para conseguir apoio às reivindicações. O CAECO e o DCE acreditam que os estudantes devem pressionar os colegiados para alcançar seus objetivos.