Já estão agendadas para novembro reuniões da Comissão nomeada pelo reitor Aloísio Teixeira encarregada de proceder avaliação preliminar de riscos em laboratórios e demais instalações nos campi da UFRJ. Sob a presidência da professora Claudia do Rosário Morgado e com a participação de outros nove professores e técnicos-administrativos , a comissão também será responsável por propor medidas para a melhoria das condições de segurança e de saúde em ambientes da universidade.
Segundo Claudia Morgado, o trabalho da Comissão será dividido em sete grandes programas. São eles:
– Valorização do patrimônio, dedicado a identificar riscos de incêndio, diagnosticar sistemas elétricos e verificar aspectos ergonômicos nos ambientes de trabalho, tais como rotas de fuga adequadas em caso de incêndio.
– Mapeamento dos riscos em Laboratórios de Pesquisa, agregando, inclusive, contribuições dos integrantes do projeto SABIOS (Segurança Ambiental e Biossegurança) do CSS (Centro de Ciências da Saúde) que deverá ser estendido ao CCMN e ao CT, num primeiro momento.
– Segurança da Informação, voltado a avaliar as condições das bibliotecas e a de segurança das redes de informática.
– Desenvolvimento da cultura de saúde e segurança, que prevê a realização de um seminário, no ano de 2005.
– Segurança hospitalar, preocupado com o descarte de materiais e mais voltado a biossegurança.
– Organização de uma estrutura de gerenciamento de risco. Este programa deverá sugerir atribuições a órgãos da estrutura da Universidade que se responsabilizarão pela execução, de forma continuada, das medidas propostas pelo trabalho da Comissão.
– Redação e estabelecimento de normas internas de saúde e segurança, que visam sistematizar resoluções e outras medidas que regulamentem o tema dentro dos campi.
A professora Claudia Morgado, que é coordenadora do curso de pós-graduação de Engenharia do Trabalho, oferecido pela Escola Politécnica e especialista em Gerenciamento de Risco anunciou que este mês serão iniciadas as visitas a grupos de Unidades localizadas em áreas contíguas, como o CT e o CCMN. Para ela, o desenvolvimento acadêmico da UFRJ se expandiu de forma desordenada, criando verdadeiras “favelas tecnológicas”. “ E indispensável uma reurbanização dos espaços, a fim de evitar, por exemplo, o convívio de laboratórios de alta tecnologia com outros que podem ser verdadeiros paióis de pólvora” concluiu a engenheira.