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Sintufrj apresenta indicativo de greve

Sintufrj apresenta indicativo de greve

Em reunião nessa quarta-feira, 16 de junho, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj) comunicou à vice-reitora Sylvia Vargas a indignação dos funcionários diante da desatenção com a qual o Governo Federal vem tratando as negociações com a categoria desde o mês de abril. Os funcionários esperam apoio ao movimento e contam com ações positivas dos reitores das universidades federais junto ao MEC, principalmente da UFRJ, que possui um grande quadro de servidores – doze mil, entre aposentados e inativos.
De acordo com o Sintufrj, as negociações colocam como reivindicação central a implantação de uma carreira que os reconheça como trabalhadores em educação, que vá além da recomposição salarial e cujo centro seja o reconhecimento profissional. A vice-reitora Sylvia Vargas disse compreender perfeitamente as reivindicações da categoria e comprometeu-se a adotar as providências necessárias junto ao reitor Aloísio Teixeira
Em nota à comunidade da UFRJ, o Sintufrj explicita os motivos da mobilização. “O Governo acenou com uma gratificação cujos valores são insuficientes. Apesar da proposta estar muito aquém das perdas salariais sofridas ao longo desses anos, vinculamos esta gratificação a uma antecipação de nossa carreira. Após várias mesas de negociações, ficou acordado que o Governo enviaria o Projeto de Lei que trata da nossa carreira ao Congresso Nacional até 15 de junho, e efetuaria o pagamento da gratificação no mês de julho. Porém, ao finalizar o prazo estabelecido, o Governo recua de sua posição e apresenta uma série de dificuldades para o encaminhamento do projeto, e adia mais uma vez o pagamento da gratificação”.
“Entendendo que todo o esforço de construção de uma saída negociada foi tentada e que a atitude do Governo rompe com esse processo, estamos encaminhando uma paralisação de 24 horas e indicamos uma greve por tempo indeterminado para que nossa Federação encaminhe em nível nacional. O transtorno causado pela nossa ausência nos postos de trabalho, que interromperá a conclusão do período letivo e o atendimento ao público, é de inteira responsabilidade do Governo Federal, que insiste em tratar com descaso os trabalhadores das universidades federais”.
Para que a greve não aconteça, a coordenadora do Sintufrj, Neuza Luzia Pinto, declarou que o Governo Federal deve começar a dar sinais reais de mudança, como apresentar o pagamento da gratificação por Medida Provisória, ou a garantia desse pagamento para julho.