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CONSUNI discute crise na Faculdade de Direito

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agencia1084T.JPGDesde quarta-feira, dia 24, membros do CACO (Centro Acadêmico Cândido de Oliveira) e alunos de entidades estudantis invadiram o gabinete do diretor da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ (FND), prof. Armênio Cruz, exigindo seu afastamento e abertura de sindicância para investigação das denúncias contra sua administração.
A reitoria, em ação imediata, enviou três representantes com intuito de conter as manifestações dos alunos e propor alternativas viáveis para atender as reivindicações dos estudantes. O chefe de Gabinete da Reitoria, João Eduardo Fonseca, o Pró-reitor José Roberto Meyer e Milton Flores, superintendente de administração e finanças da UFRJ foram, ainda pela manhã de quarta-feira, para a FND e negociaram, em nome do reitor, a saída das forças policiais para iniciarem as negociações com os alunos.
Uma comissão de estudantes, formada durante a mobilização, apresentou a proposta de afastamento do diretor ao reitor da UFRJ. A reunião com prof. Aloísio Teixeira prosseguiu até a noite e teve como resolução apresentar a proposta ao Conselho Universitário (CONSUNI) para votação.
Hoje, com sala lotada por alunos e representantes do Diretório Central dos Estudantes, numa sessão tensa e cansativa do CONSUNI, foram apresentadas duas propostas. A primeira pede a aprovação de processo disciplinar contra o diretor Armênio e recomenda o afastamento preventivo como medida cautelar. A segunda delega ao reitor autoridade para executar, em nome do Conselho, os atos administrativos cabíveis para a normalização das atividades da faculdade, inclusive o afastamento temporário de autoridades acadêmicas envolvidas nas denúncias. Ambas as propostas foram aprovadas em votação unânime pelos conselheiros que decidiram também formar uma comissão investigativa das denúncias.

Denúncias ocorriam desde ano passado

Segundo representantes do CA da Faculdade de Direito, o diretor ameaçava prender diplomas além de perseguir politicamente aqueles que não concordassem com suas medidas arbitrárias. A maior prova contra o prof. Armênio é não ter homologado os 14 professores aprovados por concurso em detrimento da contratação de 50 substitutos não qualificados para lecionar. “Essas denúncias já foram feitas em outras sessões do CONSUNI, mas não há nenhum documento que as provem ou que possa justificar algum processo disciplinar contra o diretor” afirmou o reitor Aloísio.
Nesse sentido, a votação de hoje e a decisão pelo afastamento temporário do prof. Armênio significou um avanço democrático na política administrativa da Universidade.