Categorias
Memória

Novas idéias para a comunicação na UFRJ

Dificilmente o “antes tarde do que nunca” caberá tão bem num contexto como no atual momento da UFRJ. Depois de aguardar alguns anos para assumir a reitoria, Aloísio Teixeira mostrou que pretende apoiar a criação de espaços para importantes discussões sobre os novos rumos da Instituição.

agencia717T.jpgDificilmente o “antes tarde do que nunca” caberá tão bem num contexto como no atual momento da UFRJ. Depois de aguardar alguns anos para assumir a reitoria, Aloísio Teixeira mostrou que pretende apoiar a criação de espaços para importantes discussões sobre os novos rumos da Instituição. Exemplo disto foi o I Encontro de Profissionais de Comunicação da UFRJ, que aconteceu nos dias 20 e 21 de agosto, organizado pela Assessoria de Comunicação da UFRJ, com intuito de integrar as atividades da área.
Aloísio, que participou do primeiro dia do evento, enfatizou que, além da necessidade de aproximar a Universidade de outras instâncias sociais, cada unidade precisa estabelecer um bom relacionamento entre sua graduação e pós. \”O isolacionismo é um prejuízo para a UFRJ. Devemos privilegiar a integração pondo fim à torre de marfim que é a Universidade hoje, por isso precisamos pensar uma nova política de comunicação\”. Depois da fala do reitor, o diretor da Escola de Comunicação, José Amaral Argolo, ratificou a necessidade de uma nova postura de comunicação que possibilite superar a fragmentação existente entre as 62 unidades que compõem a UFRJ.
A segunda parte do primeiro dia do Encontro contou com exposições dos assessores da COPPE, Dominique Ribeiro, e do Hospital Universitário Clementino Fraga, Edmilson Silva, sobre a prática de assessoria na Universidade.
Em seguida, o assessor de Comunicação da UFRJ, Fernando Pedro, em seu discurso, reforçou a idéia de construir um projeto editorial que dê continuidade aos impressos informativos da UFRJ, evitando a interrupção na periodicidade das publicações, e de criar as agências de notícias que serão responsáveis pela sinergia entre as unidades e pela ampliação da interlocução da UFRJ com a sociedade. Além do projeto das agências, foi apresentado o “Olhar Virtual”, um boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da UFRJ que tem como objetivo criar um canal mais dinâmico e interativo com a comunidade acadêmica, além de multiplicar o número de acessos ao site da Universidade.
Já no segundo dia do encontro, foi apresentada uma seleção dos melhores trabalhos realizados na área da comunicação de cinco importantes unidades da Universidade. Participaram da mostra a diretora da Gráfica da UFRJ, Carla Aldrim; a programadora visual da Editora UFRJ, Ana Carreiro; a assessora de imprensa da Casa da Ciência, Maria do Socorro; o assistente da Prefeitura Universitária, Ivan Ferreira; e o programador do NCE, Moacyr de Paula.
Cada um falou de suas experiências, suas dificuldades e dos resultados práticos alcançados. Folders, cartazes, placas de sinalização, livros, sites e até transmissão simultânea via internet, através da webtv – foi uma pequena amostra das atividades que a Universidade produz para os públicos interno e externo.
“Talento e espaços já existem, devemos é aproveitá-los”, disse Maria do Socorro, da Casa da Ciência, ao comentar a falta de integração existente entre as produções das várias unidades da UFRJ.
Foram apresentadas propostas para promover a necessária integração dos profissionais de comunicação, destacando-se a criação de um fórum permanente para a discussão da política de comunicação na Universidade. Além disso, foi assinalada a indispensável melhoria da estrutura das assessorias, sendo apresentadas algumas propostas, entre elas a criação de quatro agências de notícias que devem estar localizadas na Praia Vermelha, no Centro, no CCS e no CT.
Maria Ceres de Castro, diretora de comunicação da UFMG, uma das convidadas para falar sobre comunicação em outras instituições públicas, falou sobre a estratégia de comunicação da Federal de Minas Gerais, que dispõe de 28 funcionários e 12 estagiários responsáveis pela página da Internet, pelo canal de televisão (TV a cabo), revista, jornal e rádio on line, com objetivo de divulgar o conteúdo científico da universidade.
Segundo a profissional, é necessário construir a estratégia mais adequada para cada instituição, reunir instrumentos e, através de uma linguagem acessível, promover a visibilidade pública, fazendo com que se obtenha credibilidade. “A inclusão de publicidade no material de divulgação da UFMG representa um dos nossos desafios”, ressaltou Maria de Castro.
Ricardo Teixeira, outro convidado da tarde, falou sobre a estrutura da COMUNS, diretoria de comunicação da UERJ, a qual gerencia. São 40 pessoas, entre profissionais e alunos da universidade, que trabalham em conjunto com a reitoria, cuja missão é promover a circulação de informações em todos os campi da UERJ e divulgá-las para o público externo. Ricardo também mostrou os boletins impressos produzidos pela COMUNS.
O debate sobre os rumos da comunicação na UFRJ está apenas começando e prevê uma lista de discussão entre os profissionais da área, via internet. Para o dia 3 de setembro, está agendada a primeira reunião do Fórum Permanente de Profissionais de Comunicação da UFRJ, às 10h, na reitoria.