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HU faz cirurgia em cérebro lesado por aneurisma

Começou a ser realizado, há cerca de meia hora, por médicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e pela primeira vez em toda a rede pública e particular de saúde do estado do Rio de Janeiro, um procedimento de alta complexidade em que está sendo usado um polímero, chamado Onyx, para restaurar áreas do cérebro lesadas por aneurismas.

Começou a ser realizado, há cerca de meia hora, por médicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e pela primeira vez em toda a rede pública e particular de saúde do estado do Rio de Janeiro, um procedimento de alta complexidade em que está sendo usado um polímero, chamado Onyx, para restaurar áreas do cérebro lesadas por aneurismas. A paciente que está sendo submetida a técnica tem 56 anos.
O procedimento está sendo realizado, no Setor de Hemodinâmica, por uma equipe multidisciplinar, da qual participam o neuroradiologista Eduardo Wajnberg e o anestesiologia Leonel dos Santos Pereira. O Dr. Ronie Leo Piske, da Beneficência Portuguesa de São Paulo – local em que foram realizados os quatro primeiros casos brasileiros – está supervisionando a realização da técnica.
Este procedimento começou a ser feito recentemente na Europa, aonde 250 casos foram contabilizados.
Ao atingir o local lesado do cérebro – a partir da introdução de um microcatéter na femoral do paciente -, o médico injeta o polímero, que, ao entrar em contato com o organismo da pessoa, se solidifica, restaurando o fluxo sangüíneo daquela área.
Todo o trajeto do microcatéter é acompanhado pelo cirurgião, graças ao suporte de imagens oferecido pelo angiógrafo digital, aparelho recentemente adquirido
O aneurisma cerebral é uma dilatação na parede de uma artéria que, se rompida, provoca sangramento intenso, o que pode ser fatal ou deixar graves seqüelas no paciente. O problema afeta de 2% a 7% da população mundial, sendo mais freqüente em mulheres. E a manifestação clínica mais comum do aneurisma é sua ruptura, causando hemorragia, que é bastante grave.
De acordo com Wajnberg, a técnica com o Onyx pode ser aplicada tanto em pacientes que já tiveram uma primeira hemorragia cerebral, quanto naqueles cujo aneurisma foi encontrado por acaso em exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética antes do rompimento.
O uso do Onyx evita a realização de cirurgias mais complexas, nas quais o crânio precisa ser aberto para que o médico possa atingir o aneurisma. E o paciente recebe alta em 48 horas.