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Tanque oceânico da Coppe será o maior do mundo

Em novembro será inaugurado pela COPPE-UFRJ o maior tanque oceânico do mundo, equiparando a universidade aos maiores centros tecnológicos. Um dos objetivos é integrar cada vez mais a universidade com empresas que invistam em pesquisa.

Em novembro será inaugurado pela COPPE-UFRJ o maior tanque oceânico do mundo, equiparando a universidade aos maiores centros tecnológicos. Um dos objetivos é integrar cada vez mais a universidade com empresas que invistam em pesquisa. Em todo mundo, apenas duas outras instituições de pesquisa possuem laboratórios com tecnologia que permita simular exploração de petróleo e gás em grandes profundidades localizadas na Noruega e na Holanda.
O tanque será usado para desenvolver novas técnicas de prospecção de petróleo em águas profundas através de simulações.Como cada vez mais diminuem os estoques dos poços de petróleo existentes, a saída para as petrolíferas é investir na exploração em águas profundas. O tanque ocêanico da COPPE é adequado, pois simula as condições do ambiente marinho de até 3.000 metros de profundidade, onde irão operar as plataformas e navios petroleiros, e reproduz ondas de até meio metro de altura e ventos com direção programada e velocidade de até 12 metros por segundo. O tanque possibilitará testes com manobras de submarinos, de navios, equipes de mergulho e mesmo robôs submersíveis.
A estrutura também será usada para desenvolver pesquisas de geração de energia a partir de ondas do mar, com um primeiro protótipo capaz de gerar 300 watts. Até dezembro de 2003 pretende-se instalar uma planta-piloto na costa brasileira que gere entre 1 e 2 megawatts dotando as plataformas petrolíferas de eletricidade.
As medidas do tanque impressionam. São 15m de profundidade, 40m de comprimento e 30m de largura. A primeira fase deste projeto irá custar cerca de R$ 14,9 milhões e o sistema de geração de correntezas mais R$ 9,2 milhões. Mas a grandiosidade do projeto não fez que a UFRJ esquecesse da natureza: o Parque ganhará também um jardim com 2.500 metros quadrados, com palmeiras da Mata Atlântica e flores multicoloridas. O projeto, de autoria da paisagista e engenheira agrônoma Daniela Infante, prioriza a vegetação atlântica em todo o espaço do parque.