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Sob nova gestão

Com 73% de votos a favor e 27% contrários, o Conselho Universitário aprovou que a UFRJ assine contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

O Conselho Universitário (Consuni) decidiu, nesta segunda-feira, 11/12, que a Universidade Federal do Rio de Janeiro vai aderir ao contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para a gestão, por 20 anos, de três unidades do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS): o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), o Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade-Escola (ME). Por 35 votos favoráveis e 13 contrários, os conselheiros argumentaram sobre as vantagens e as desvantagens da adesão em sessão remota,  transmitida pelo canal da Universidade no YouTube.

Segundo o que foi discutido, outras unidades do CHS serão incorporadas em etapas posteriores. Para a adesão, os favoráveis defenderam que o Complexo perde, ano a ano, diversos profissionais de saúde para a prestação de serviços, e que vinha caindo o número de leitos e de condições para que as unidades da área de saúde promovessem um ensino de qualidade, o que foi demonstrado em resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e das avaliações institucionais e dos cursos.

Perda de autonomia universitária, fim dos servidores públicos nas unidades de saúde nos próximos anos, queda na qualidade dos serviços da Universidade, redução do número de leitos e, por fim, questionamentos sobre a forma apressada como a decisão foi tomada foram alguns dos temas levantados pelos conselheiros contra a adesão.

O reitor, Roberto Medronho, ouviu os argumentos favoráveis e contrários à adesão e anunciou o resultado ao fim da sessão, às 13h23, quase quatro horas após ter sido iniciada. Segundo o reitor, a adesão à Ebserh contou com o apoio de centenas de professores titulares e eméritos, tanto do CCS quanto de outros centros. Medronho, que é médico, destacou que “a Ebserh tem recursos dos ministérios da Saúde e Educação, podendo nos ajudar liberando os 80 milhões que hoje usamos de nossa verba de custeio dos hospitais”.