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Grupo de Trabalho da UFRJ que analisou crise hídrica do Rio emite nota

Nota técnica esclarece pontos veiculados pela mídia, que não traz fatos novos

O grupo de trabalho designado pela Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para analisar a crise hídrica da água potável distribuída para consumo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro emitiu nota nesta sexta-feira, 5/6.

No documento, o grupo de docentes esclarece aspectos relacionados às reportagens veiculadas a partir de 4/6 pela mídia. As matérias relataram potenciais novas causas para a percepção de gosto e odor na água distribuída pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), observada nos meses de janeiro e fevereiro. Segundo os cientistas, as reportagens não trazem qualquer fato novo relevante, uma vez que os dados apresentados apenas reiteram o que já havia sido veiculado desde janeiro na nota técnica emitida pela UFRJ em 15/1/2020.

O grupo de trabalho é composto pelos seguintes pesquisadores: Fabiana Valéria da Fonseca, da Escola de Química (EQ/UFRJ); Francisco de Assis Esteves, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ); Iene Christie Figueiredo e Isaac Volschan Jr., ambos do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica (Poli/UFRJ); Renata Cristina Picão, do Departamento de Biologia Médica do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG/UFRJ); e a coordenadora Sandra Maria Feliciano de Oliveira e Azevedo, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ).

“Observa-se que nenhum dos dados veiculados dizem respeito à qualidade da água tratada, mas sim da qualidade da água bruta, captada no manancial (Rio Guandu), previamente ao tratamento que se realiza na ETA Guandu, visando atender ao que determinam as recomendações do padrão de qualidade de água para consumo humano”, diz trecho da nota, que prossegue: “A constatação de que há contaminação por esgotos sem tratamento no manancial utilizado para captação da água pela ETA Guandu já era de conhecimento público e, de acordo com a mesma nota técnica, já estava destacada como um dos pontos centrais para a preocupação com a segurança hídrica”.

Leia a nota técnica emitida nesta sexta-feira (5/6) na íntegra aqui.