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Nota sobre congelamento de bolsas na UFRJ

Capes contingenciou 41 bolsas em cursos de mestrado e doutorado da UFRJ em nova fase de cortes

Capes contingenciou 41 bolsas em cursos de mestrado e doutorado da UFRJ em nova fase de cortes

Na terça-feira (4/6), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu a notícia de que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) decidiu pelo congelamento de bolsas e taxas escolares concedidas a cursos abrangidos pelos seguintes critérios, a partir de junho de 2019:

a) Cursos avaliados com nota 3 na avaliação trienal 2013 e nota 3 na avaliação quadrienal 2017, simultaneamente; e

b) Cursos de doutorado avaliados com nota 4 na avaliação trienal 2013 e nota 3 na avaliação quadrienal 2017, simultaneamente.

Na UFRJ, 4 programas de pós-graduação foram atingidos: o Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia (HCTE), com congelamento de 5 bolsas de mestrado e 12 de doutorado; o Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas (PPGLC), com menos 7 bolsas de mestrado e 6 de doutorado; o Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF), com menos 5 bolsas de mestrado; e o Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional (Pepi), com menos 6 bolsas de mestrado, totalizando, portanto, 41 bolsas contingenciadas apenas nesta fase de bloqueios.

As bolsas cortadas representam, em média, 70% do total de auxílios que os quatro programas possuem.

Segundo a Capes, o congelamento é motivado pelo contingenciamento orçamentário da instituição, e tem finalidade de garantir o pagamento de todos os bolsistas dos programas de apoio institucional atualmente cadastrados no Sistema de Acompanhamento de Concessões (SAC) e no Sistema de Controle de Bolsas e Auxílios (SCBA).

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Leila Rodrigues da Silva, a decisão fragiliza aqueles cursos de mestrado e doutorado que deveriam ter maior acolhimento e não punição. “O impacto do congelamento é muito ruim. Corte de bolsa é descontinuidade de política acadêmica, de pesquisa. O prejuízo é muito grande. Não dá para se medir na proporção do corte da bolsa, apenas”, afirma.

Em maio, a UFRJ teve outras 65 bolsas bloqueadas; relembre.