Reitoria e representantes dos docentes, técnicos e estudantes da UFRJ iniciaram hoje uma articulação para pensar e propor estratégias de ação para o país e a universidade, em 2018. A proposta é realizar um ciclo de debates e iniciar o próximo ano letivo com debates acadêmicos de grande impacto e participação.
Três eixos de discussão e ação foram organizados para serem discutidos por todas as categorias representativas da universidade, em articulação com a sociedade. O primeiro, sobre grandes questões nacionais; o segundo, sobre políticas públicas e projetos de futuro envolvendo academia e ciência e tecnologia; o terceiro referente ao cotidiano e questões mais específicas da UFRJ, como os debates sobre carreira, orçamento e assistência estudantil.
“Podemos fazer muita coisa juntos. Temos uma frente de trabalho bastante promissora”, disse o reitor Roberto Leher. Segundo ele, é importante que a UFRJ se una a outros movimentos de atuação coletiva do país, como o Fórum Rio, o recém-formado conselho consultivo da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, a campanha Conhecimento sem Cortes, entre outros.
A convite da Reitoria, reuniram-se a Adufrj, seção sindical dos docentes, Associação de Pós-graduandos (APG) e Sintufrj, o sindicato dos servidores técnico-administrativos. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) justificou ausência por conta da participação na mobilização nacional contra as reformas do Governo Federal.
“A sensação que nós temos é que a universidade está muito fragmentada. A universidade pública ainda continua ausente da sociedade”, criticou Neuza Luzia, coordenadora geral do Sintufrj. Segundo ela, “o desafio dessa Reitoria é unificar” as mobilizações.
Presidente da Adufrj, a professora Maria Lúcia Werneck disse que é preciso atuar de forma mais propositiva para defender pesquisas e investimentos para a universidade. Afirmou que lobby junto ao Congresso Nacional não deve ser visto como algo ruim. “Este ano é eleitoral. Temos que, de alguma forma, interferir nisso a nosso favor”, defendeu.
Kleber Neves, da APG, defendeu que a universidade precisa de mais debates internos. Alice Pina e Marcelo Côrtes, membros da associação, também estiveram presentes.
A pró-reitora de Extensão, Maria Malta, destacou que a UFRJ tem forte articulação e presença na Maré, Duque de Caxias e outros locais do Rio e do país. “É importante mobilizar aí, além dos nossos lugares comuns”, defendeu, ao citar as atividades de extensão.
A reunião, no salão nobre do Conselho Universitário, foi acompanhada por diversos servidores técnico-administrativos e Tatiana Lobo Sampaio, da Adufrj. Também contou com a participação dos pró-reitores Roberto Gambine (Finanças) e Agnaldo Fernandes (Pessoal) e direção da Superintendência-Geral de Políticas Estudantis (SuperEst).
Agenda
Roberto Leher destacou que a UFRJ precisa ouvir os estudantes para saber qual a percepção que eles têm da atual conjuntura, e como podem contribuir. As ideias discutidas nesse primeiro encontro serão levadas para a Comissão de Assistência Estudantil, nesta quarta (6/12).
No dia 18/12 será realizada nova reunião, para definição do plano de ação. Antes disso, os representantes das categorias se reunirão para afinar as propostas.