Manter a temperatura do ar-condicionado em 26ºC. Essa é uma das recomendações de Edson Watanabe, diretor da Coppe/UFRJ, que na próxima segunda-feira, 28/11, profere a palestra “Energia Elétrica – Isto é da Sua Conta”. O evento faz parte da campanha da UFRJ “Essa conta é de todos”, cujaxa0meta é reduzir em até 25% as despesas da Universidade com energia elétrica, que somam R$ 46,2 milhões por ano. Aberta ao público, a palestra será às 14h55, no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT2), rua Moniz Aragão, nº 360, bloco 1, Cidade Universitária.
Watanabe, que é professor do Programa de Engenharia Elétrica, abordará os impactos ambientais e econômicos de hábitos como o uso do paletó e da gravata, da iluminação artificial, da baixa temperatura na refrigeração de ambientes com aparelhos de ar-condicionado, entre outros. Segundo ele, pequenas mudanças comportamentais podem gerar grandes benefícios, em médio e longo prazo, tanto para o meio ambiente quanto para a contabilidade, seja doméstica ou institucional. Isso sem esquecer que alguns investimentos trariam maior eficiência energética e, consequentemente, redução de despesas em longo prazo, como a instalação de aparelhos de ar-condicionado com inversores, lâmpadas LED, sensores de presença e mesmo interruptores.
“O ar-condicionado é um dos grandes vilões responsáveis pelo aumento da conta de energia no verão. No Centro de Tecnologia da UFRJ, por exemplo, o consumo de energia, que de segunda a sexta-feira, no inverno, varia entre 2 e 3 megawatts, sobe para 6 megawatts no verão”, afirma.
“No Japão, por lei, no interior das repartições públicas, a temperatura do ambiente pode ser aquecida até 19ºC no inverno e resfriada até 28ºCxa0no verão. A medida gera redução do consumo de energia, assegurando o conforto de todos”, explica Watanabe.
No Brasil, em 2012, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reservava 1 gigawatt no verão somente para atender o aumento do consumo, quando havia previsão xa0da temperatura subir de 28 para 30ºC. Isso equivale praticamente à potência da usina nuclear de Angra II. “Hoje, a situação deve estar pior”, estima o professor.