As matérias “Laboratório para controle de dopagem sofre intervenção” e “Substancial”, publicadas nessa quarta e quinta-feira, 29 e 30 de junho, pelo jornal O Globo, apresentam uma série de informações falsas sobre o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), do Instituto de Química da UFRJ. Destacamos que a Universidade não foi contactada pelos repórteres para apuração dos fatos informados.
Não existem técnicos da Agência Mundial Antidopagem (Wada) no laboratório. Portanto é totalmente inverídica a informação sobre o livre acesso deles ao LBCD. Conforme divulgado amplamente à imprensa, está agendada uma visita técnica da Wada ao laboratório na primeira semana de julho. Não houve nem haverá intervenção da agência, até porque a dependência dos laboratórios em relação a ela é proibida.
Também não procede a informação de que o funcionamento do LBCD estará condicionado à supervisão de especialistas estrangeiros. A participação de colaboradores é um procedimento de praxe nos laboratórios de controle de dopagem durante as competições olímpicas, e o laboratório conta com consultores de um dos mais importantes laboratórios do mundo. Durante os Jogos de 2012, o próprio LBCD enviou quatro colaboradores ao laboratório de Londres, para uma equipe formada por cerca de cem outros especialistas estrangeiros.
Existe uma diferença entre desacreditação e suspensão. Os laboratórios desacreditados são excluídos da rede integrante da Wada. No momento, o LBCD possui sua acreditação suspensa temporariamente, passível de reversão, como informado pela própria agência. A Wada informa que identificou uma não conformidade em relação ao Padrão Internacional de Laboratórios (ISL), fato que será examinado pelo LBCD junto ao comitê da agência na próxima semana.
Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD-Ladetec/IQ)
Rio de Janeiro, 30 de junho de 2016