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CEG discute evasão de alunos

Por Pedro Leite

A sessão do Conselho de Ensino de Graduação do dia 15/5 discutiu a evasão dos estudantes das universidades públicas federais. A discussão do tema levou também à análise do problema de formação básica que muitos alunos recém-ingressados ao ensino superior apresentam.

A pró-reitora de Graduação da Unirio, Loreine Hermida, convidada a participar da sessão, expôs algumas causas do índice de evasão nas universidades públicas. Uma dessas causas seria que o atual método de cálculo de evasão provoca uma distorção, pois a fórmula usada aponta o aluno retido como evadido da universidade, ou seja, enquanto ele está, na verdade, atrasado em relação ao seu tempo de formatura, aparece nas estatísticas como estudante que abandonou o curso.

Outro ponto colocado pela pró-reitora é a necessidade de apoio das universidades públicas aos alunos de menor renda, para que tenham condições de se manter nos cursos. As universidades deveriam, segundo Loreine, investir mais em ajuda financeira para moradia, deslocamento e alimentação desses alunos.

No debate sobre evasão, foram destacadas as medidas tomadas por algumas universidades para ajudar os alunos com dificuldades.

Foi apresentado o exemplo do sistema de tutores na Uerj, que acompanham e ajudam, na proporção de um tutor para cada cinco alunos, os estudantes que trazem dificuldades do Ensino Médio.

Ressaltando a importância da universidade como instituição de qualificação, a professora Angela Rocha, pró-reitora de Graduação da UFRJ, avaliou que para a preservação dessa função não caberia ao Ensino Superior cobrir as defasagens do Ensino Médio.

A professora defendeu essa posição, lembrando que deve ser cobrado um melhor Ensino Básico, a fim de que os alunos estejam preparados para ingressar já em condições de cursar uma faculdade.