Promovido pelo Fórum de Ciência e Cultura e pela Escola de Música, evento debateu proposta para o cumprimento da Lei 11.769, de 2008, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.

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“1º Encontro Internacional de Educação Musical – Um novo tempo para a música na Educação”

Promovido pelo Fórum de Ciência e Cultura e pela Escola de Música, evento debateu proposta para o cumprimento da Lei 11.769, de 2008, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.

A abertura do “1º Encontro Internacional de Educação Musical – Um novo tempo para a música na Educação” ocorreu no dia 23 de maio, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE-FCC), no Flamengo.

O evento, promovido pelo Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e pela Escola de Música (EM) da UFRJ, foi realizado com o objetivo de construir uma proposta e pressionar os governos para o cumprimento da Lei 11.769, de 2008, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, alterando a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996.

Inicialmente, aconteceu uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e a exibição de um flash mob realizado na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, preparado pelos organizadores do evento. Em seguida, Felipe Radicetti, coordenador-executivo do encontro, agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância da educação musical nas escolas. “Não deverá haver mais debates sem ação. Não podemos permitir que as coisas permaneçam como estão”, destacou.

Mudança de paradigma

Para Joana Nunes, que estava representando o Ministério da Cultura (MinC), se o objetivo é garantir uma educação artística e musical de qualidade nas escolas, é preciso enfrentar o debate da formação profissional e descobrir como é possível levar a cultura popular a participar desse movimento. Já a representante do Ministério da Educação (MEC), Jaqueline Moll, disse que “estamos vivendo uma mudança de paradigma na educação”.

A deputada federal Jandira Feghali apontou que é preciso romper no Brasil a distância entre a lei e a vida. Segundo ela, a cultura ainda não é prioridade para a gestão pública e é preciso olhá-la como algo estratégico no desenvolvimento. “Não estamos aqui para formar apenas músicos, mas formar cidadãos.” Para a mediadora da primeira mesa de debate, a cidadania, para se tornar efetiva, precisa da cultura. “Eu vejo esse encontro como o grande mobilizador para esse movimento”, declarou a deputada.

Encerrando esse primeiro momento do encontro, o vice-reitor da UFRJ, Antônio Ledo, prestou uma homenagem ao ex-reitor da UFRJ, Aloisio Teixeira. “Se estivesse aqui, estaria sentado na primeira fileira, aplaudindo de pé esta iniciativa. Aloísio era um exímio apreciador de música”, contou.

Parafraseando Teixeira, Ledo advertiu que “a arte tem que estar presente de forma intensa na cultura, pois a música é tão importante quanto a engenharia”. Para finalizar, o vice-reitor afirmou que a música e a cultura despertam a cidadania e o potencial pedagógico para a formação de uma sociedade mais justa.

O evento contou ainda com as presenças de Margaret Barret, presidente da Internacional Society for Music Education (Isme); de Moreno Batres, presidente da Federação Latino-Americana de Educação Musical (Fladem); e de Per Eckedahl, presidente da Jeunesses Musicales International (JMI).

O encontro teve o apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, do Conservatório Brasileiro de Música, do Grupo Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) e da Associação Brasileira de Compositores para Audiovisual – Musimagem Brasil.