Guilherme Karakida
O terceiro maior pterossauro do mundo, réptil voador pré-histórico, foi apresentado ontem (20/3), no Auditório Roquette Pinto do Museu Nacional da UFRJ, na Quinta da Boa Vista. O animal chega a medir em torno de 8,5 metros de uma ponta à outra da asa.
Resultado do trabalho de diversas instituições brasileiras e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a descoberta foi feita na Chapada do Araripe, que se localiza entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Um estudo publicado nesta semana nos Anais da Academia Brasileira de Ciências (ABC) reitera que essa área tem uma grande concentração de fósseis dessas criaturas.
O paleontólogo do Museu Nacional que coordenou a pesquisa, Alexandre Kellner, afirma que foram analisados três fósseis, todos da Chapada do Araripe. Do trio, o mais importante é o que teve quase todo o esqueleto preservado, incluindo o crânio. De acordo com Kellner, o animal pertenceria à espécie Tropeognathus cf. mesembrinuse e provavelmente seria um devorador de peixes, alimento abundante no Araripe naquela época.
A justificativa para tanto alvoroço, porém, é o fato de o fóssil ser o mais completo de pterossauro já encontrado no planeta. Além disso, a ideia de que certos grupos não teriam capacidade para alcançar dimensões gigantes se choca com o novo espécime.
Devido à relevância da descoberta, o Rio de Janeiro foi escolhido como sede do "Simpósio Internacional de Pterossauros", que será realizado em maio deste ano.
O público poderá contemplar, a partir desta sexta (22 de março), um modelo natural do esqueleto e outro da cabeça desse gigante voador.
Para mais informações sobre o simpósio, acesse aqui.