Nesta segunda-feira, 5 de março, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ) deu início ao ano letivo, com um evento de recepção aos 740 novos alunos inscritos nos 12 programas de mestrado e doutorado oferecidos pela instituição. O evento foi no auditório do Centro de Gestão Tecnológica (CGTEC), no Centro de Tecnologia 2 (CT2), no campus da UFRJ, na Cidade Universitária.
Instituição brasileira de pós-graduação em Engenharia com o maior número de conceitos 6 e 7, os mais altos do sistema, a Coppe forma anualmente mais de 500 alunos de mestrado e doutorado, contribuindo para inserir profissionais qualificados em Engenharia no mercado brasileiro, que nos últimos anos vem apresentando média de déficit anual de 55 mil profissionais.
Atentas a essa questão, a Coppe e a Escola Politécnica da UFRJ firmaram uma parceria que possibilita alunos de graduação de Engenharia cursar disciplinas de pós-graduação, reduzindo o tempo do mestrado. A iniciativa, que entra em vigor neste primeiro semestre, possibilita ao aluno da Politécnica concluir o mestrado na Coppe em menos tempo, tornando válidos os créditos das disciplinas cursadas ainda na graduação. O que se pretende com isso é aumentar, com maior velocidade, a oferta de engenheiros qualificados para um mercado em efervescência, cuja demanda não para de crescer. Para o aluno de graduação, é uma oportunidade para entrar no mercado com qualificação necessária para disputar os melhores postos.
O Brasil forma 35 mil engenheiros por ano, para uma demanda anual de cerca de 90 mil profissionais. Segundo especialistas da Coppe, caso não seja reduzida a defasagem entre demanda e profissionais formados, em 2015 o déficit no país será de cerca de 220 mil engenheiros. A média brasileira de seis engenheiros por mil habitantes é cinco vezes menor do que as médias de países como Estados Unidos e Japão.
Segundo o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, os desafios para a solução desse problema vêm sendo discutidos por um grupo de docentes e pesquisadores da Coppe e da Escola Politécnica. “A escassez de engenheiros constitui um sério entrave para a realização das perspectivas atuais de desenvolvimento do país”, ressalta Pinguelli.