“Ano novo, vida nova”, diz a expressão popular. Após as festividades, muitas pessoas iniciam a busca por emprego e oportunidades de negócios. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), 2011 teve um crescimento econômico menor em relação aos anos anteriores e um primeiro semestre com um mercado de trabalho crescendo em ritmo inferior. Apesar de o Brasil hoje ser considerado a sexta maior economia do mundo, ultrapassando a do Reino Unido, a queda na taxa de crescimento no ano passado se deu, principalmente, pelo aperto monetário e por uma política fiscal mais conservadora.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os empregos com carteira assinada cresceram na América Latina e Caribe, com apenas 6,8% de desempregados. No entanto, a região concentra metade do total de seus trabalhadores na informalidade. No Brasil, por mais que o PIB (Produto Interno Bruto) de 2011 ainda não tenha sido divulgado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a economia estagnou-se entre o segundo e o terceiro trimestre do ano passado.
Mas quais podem ser as expectativas para o brasileiro no ano que se inicia? Políticas de governo intencionam estimular a vinda de trabalhadores estrangeiros especializados, principalmente da Europa e Estados Unidos. Em contrapartida, cresce a imigração ilegal de mão de obra não especializada proveniente da América Latina e Central, o que fez o país frear a entrada de haitianos na Região Norte.
Paulo Bastos Tigre, professor titular do Instituto de Economia (IE) da UFRJ, acredita que o setor do comércio seguirá crescendo, apesar da queda do consumo familiar nas festas de fim de ano. “A economia deve continuar a crescer moderadamente em função dos investimentos programados, especialmente no setor do petróleo e na agricultura”, concluiu o docente, para quem as exportações, entretanto, podem ficar prejudicadas pela crise na Europa e Estados Unidos.
Tigre afirma ainda que o emprego crescerá menos este ano, devido ao menor avanço da indústria. Já no setor público, com a diminuição por parte do Governo Federal da oferta de vagas em concursos, Tigre afirma que deve haver congelamento dos salários e queda nas contratações.