O tema da subjetividade em Marx é uma questão recorrente nos estudos acadêmicos, gerando debates e diferentes perspectivas. Aproveitando as discussões atuais, a UFRJ organizou o seminário “Marxismo e subjetividade humana”, cuja abertura ocorreu na última quinta (15/9), no Auditório Manoel Maurício de Albuquerque do Centro de Filosofias e Ciências Humanas (CFCH).
A conferência teve o início marcado pela apresentação do professor Eduardo Mourão Vasconcelos da Escola de Serviço Social, cuja obra literária dá nome ao evento. De acordo com ele, “trata-se de um campo muito amplo e extremamente complexo. É uma pesquisa longa que requer disciplina e decantação de ideias, mas precisamos conhecer em detalhes a perspectiva de Marx”, explica.
Na visão do autor do livro, a psicologia de Marx é um fator real, e se encontra na percepção: “É magnífico o trabalho que ele fez. A coletânea ressalta e apresenta o projeto de uma nova sociedade em todas as dimensões. Uma verdadeira agenda de temas para a esquerda”, finaliza.
A manhã da última sexta-feira (16/9) deu sequência às atividades e mesas a respeito de Marx. Eugène Enriquez, professor da Universidade Paris VII enriqueceu o debate incluindo Freud no contexto, baseando-se nas semelhanças e diferenças entre os dois autores: “Ambas as teorias são messiânicas e, portanto, utópicas. A questão é que para Marx o fundamental não estava em se analisar o mundo, mas sim em mudá-lo”, concluiu.